Capítulo 27 – Kim Tae Hoon
Kim Tae Hoon entrou como se fosse o dono da casa e Liz-Ah, assustada, afastou-se dele e aproximou-se de Ah-Lis, ficando atrás dela.
– O que você está fazendo aqui? – perguntou Ah-Lis, respirando profundamente. Ela tinha medo, mas agora não estava sozinha, a mercê de suas maldades. Ela agora estava na mansão Cha.
– Parece que a surra de ontem não foi o suficiente pra tirar esse ar de superioridade que você tem, não é, sua vagabunda? Só porque agora tem um grã-fino como amante, tá pensando que pode…?
– É melhor o senhor ir saindo porque senão eu chamo a polícia, falou Raul, colocando-se na frente de Ah-lis e Liz.
– Eu sou da polícia, otário!!! – disse Kim Tae Hoon, com um sorriso maldoso nos lábios, e antes que Raul pudesse fazer qualquer coisa, tirou um revólver do coldre por baixo da jaqueta preta e atirou no motorista.
Como usava silenciador, o estampido foi surdo, mas todos na sala ficaram apavorados.
-AHHHHH! – Liz-Ah gritou, assustada, mas antes que sua voz pudesse ecoar, ela tampou os lábios com as mãos.
Enquanto Ah-Lis segurou Raul que caiu sobre ela e sangrava, mas ainda estava vivo.
– O que você fez? Você está louco? – falou Ah-Lis, estranhando o comportamento do marido.
Que ele era violento e agressivo, isso já havia sentido na própria pele.
Mas ele era esperto e gostava de agir na surdina. Alguma coisa estava acontecendo…
– Vou fazer coisa muito pior… quer que eu mate a empregadinha aqui? – falou Kim Tae Hoon apontando a arma para a outra empregada. – Você e a sua cópia vem comigo, tá falado?
– Eu não vou! Eu não sou a tua mulher! – falou Liz-Ah, tremendo da cabeça aos pés. – Leve ela, não eu!
– Prefere que eu te apague aqui mesmo, vadia número 2?
– Não, senhor, por favor! – falou Liz-Ah, aproximando-se dele.
Ah-Lis tirou o casaco que vestia e colocou sobre a altura do peito de Raul, onde o sangue fluía e colocou a mão de Raul sobre o casaco.
– Mantenha pressionado, Raul.
– Senhora… não vá! – falou Raul, cuspindo sangue pela boca.
– Já estou acostumada com meu marido – disse ela, colocando a cabeça de Raul no chão e levantando-se em seguida.
– Eu vou com você, Tae Hoon, mas deixa a minha irmã… ela não tem nada a ver com isso…
Tae Hoon fez um cara de deboche, puxou Liz com violência para si e colocou a ponteira da arma na têmpora de Liz, que choramingou.
– Ela tem mais a ver com isso do que você, sua idiota. Mas você vem junto, ou nenhuma das duas sairá desta casa viva…
Diante da ameaça, Ah-Lis resolveu segui-los.
Os três desceram da escada que precedia a porta de entrada e passaram pela guarita.
Ah-Lis esperava que os guardas pudessem prestar a atenção nelas, mas como Kim Tae Hoon havia guardado a arma e acenado, os dois guardas acenaram de volta e nem perceberam que as duas estavam nervosas.
Kim Tae Hoon mandou que Ah-Lis se sentasse no banco traseiro.
Em seguida, colocou Liz-Ah no banco do carona.
– É melhor ficarem de boca calada, ou boto bala nas duas, estão entendendo? – disse ele, enquanto dava a partida no carro.
– Tae Hoon, que loucura é essa, por favor, você é um policial. Você sabe o que vai acontecer quando descobrirem o que você está fazendo. Pare com isso, agora – falou Ah-Lis, tentando dissuadi-lo.
– Eu já estou encrencado, não tem mais volta. Mas eu espero lucrar muito agora… principalmente quando vocês duas estiverem mortas!