Capítulo 25 – Finalmente! A Noite Chegou!
Goon estava impaciente, andava do quarto para sala, olhando pela janela, esperando que o portão eletrônico se abrisse. A noite ainda não iniciara, mas Jun não aguentava mais ter que responder tantas perguntas.
— Será que ela vai gostar de como eu enfeitei a cama? – perguntou Goon, visivelmente nervoso.
— Claro que sim! Todas as mulheres gostam de guarda boas lembranças, ela vai adorar as pétalas de rosas cobrindo a cama. Será uma bela noite! E não esqueça de dar o buquê! – aconselhou Jun.
— Eu não vou dar! Dá você! Se eu der o buquê, será que ela vai pensar que eu estou a fim dela?
— Não sou eu que vou transar com ela! Deixa de ser bobo, Goon! Um buquê, não quer dizer nada além, que você é grato! Você tem um contrato! Ela vai aceitar como uma gentileza e não como interesse!
— Será que eu tomo o elixir? – perguntou Goon, indeciso.
— Foi falado para tomar! Não foi!?
— Mas se eu tomar e não sentir nada quando a ver? Sem o elixir provavelmente, vou sentir todo aquele fogo. Só assim para conseguir encarar a feiosa! Tomo o elixir ou não?
— Faz o que achar melhor!
— Mas, se eu assustar ela como no supermercadão? Ela pode ficar com medo, o que acha?
— Quando você encontrou com ela na cafeteria, quantas colheres você tomou?
— Eu tomei 3! Não senti nem uma corrente elétrica como da primeira vez! Mesmo assim, usei luvas para garantir. – explicou Goon.
— Então, tome só uma colher!
— Vou esperar! – pensou Goon.
— Esperar o quê?
— Vou esperar ela chegar! Se eu consegui encarar a monstrinho! Tomo o elixir. Mas, se eu olhar, para ela, e sentir que vai ser um osso duro de roer! Não tomo nada! E espero que o fogo que eu senti antes, possa me dar coragem.
— Você faz drama para tudo!? Tem que agradecer que encontrou a mulher! Se não fosse ela, não teria remédio para o seu caso! – replicou Jun.
— Vire essa boca para lá! Só são 7 dias! Só sete dias e eu estou livre de tudo isso! Da doença, dela e dessa vergonha que sinto em não ter o vigor de antes! E essa é só a primeira noite.
— Para de ser besta! Isso não é um bicho de 7 cabeças! Muitos homens passam por isso! Uns são apenas uma crise de ansiedade! Outros são esgotamentos físico e mental! Stress também pode causar impotência!
— Quem falou que estou impotente? Estou é com uma praga! Uma maldição daquela ingrata! Se não fosse eu, o pai dela iria arrumar o casamento com um viúvo! Dez anos mais velho que eu! A esposa dele morreu por maltrato! Foi o que o pai me contou. E era 15 anos mais nova que ele! Casei-me por pena – o primo ficou olhando, Goon pensativo depois da revelação. Ele sem emoção, foi até a janelão da sala para olhar o portão. Voltou e colocou o pescoço próximo no nariz de Jun.
— Está bom o perfume? Deixei forte, para não sentir o perfume da monstrinho! O dela é enjoado, coisa barata!
— Então dê um perfume que você goste para ela usar nessas 7 noites!
— Você pensa, que vou gastar dinheiro com perfume francês, com uma qualquer!? Isso faço com alguém que eu quero agradar! Ela já vai ser bem paga! Sabe quanto custa o perfume que eu gosto de cheirar no pescoço de uma gata!?
— Não, não sei!
— Chanel n.º5 custa US$ 1850 mais ou menos!
— Não é caro para você!
— Não vou gastar isso com a feiosa! Nem morto! Nem desesperado!
— Então! Não reclame do perfume dela! – foi possível constatar a luz do farol do carro clarear o janelão. Goon e Jun correram para a sala, mas foi Jun que abriu a porta para recebê-la. Goon ficou atrás do primo para avaliar a situação.
O Senhor Kim não estacionou na garagem, e sim na metade da entrada da casa.
A noite estava realmente escura mas Irene poderia subir o caminho de pedras, que levava para a entrada da frente da casa. Ela viu Jun na porta, sorridente e se sentiu mal com aquilo.
Parecia ser uma garota de programa. Sim! Ela era uma garota de programa! Quer dizer, uma senhora de programa. Tudo confuso em sua cabeça! Era ou não era, uma biscate!? Pensou no dinheiro e no aviso de despejo. Biscate ou não, era a salvação para sua situação complicada.
Goon avaliou a mulher da cabeça aos pés. Nem a 30 pontos chegava. Quer dizer, tudo era completa desarmonia para ele. O que se salvava era o cabelo, que hoje estava bem-arrumado, perto daquele coque desleixado.
— Que horror! Que blusa mais amassada! – critica Goon.
Com os dentes cerrados, Jun comenta.
— O tecido é assim mesmo! É crepe amassado!
— Como sabe? Até o tecido que ela escolhe é sem estilo!
— Quando namorei aquela estudante de moda, ela me ensinou um pouco sobre tecidos. É um tecido de qualidade. Assim, falou aquela interesseira! Deu-me um pé na bunda, depois que eu comprei 5 metros de um tecido caro que ela queria.
— Bem feito! Em mulher a gente não confia! São cobras traiçoeiras! – agulhou Goon.
— Nem todas!
— Pelo visto! Não devo tomar o elixir! Diz, para ela que estou esperando no quarto!
— Mas, você a convidou para jantar!?
— Eu não lembro disso?
— Mas, eu preparei a mesa! Só falta servir!
— Cancela o jantar! Mande-a para o quarto assim que entrar. Quanto mais rápido essa noite terminar, estarei livre dela! O jantar, sirva depois que ela for embora! Só vou levar a garrafa de vinho para me dar coragem! – acabou de falar e saiu passando pela sala principal, foi até a sala de jantar, que ficava de frente com a primeira. Em seguida, passou a mão no vinho que Jun colocara no balde com gelo.
E voltou, entrando no primeiro quarto, no início do corredor.
Goon se sentou em uma poltrona, próxima da porta do banheiro. Com a porta aberta e a luz acessa vindo em sua direção, Irene teria uma visão completa dele. E poderia pasmar com tanta elegância!
Ele usava um terno de risca de giz azul-marino, camisa social branca, com 3 casas de botões abertas. Podendo ser visível o seu peito atlético. Para um quarentão, ele estava em boa forma!
Ao lado, em uma mesinha estava a garrafa de vinho e duas taças. A sua estava cheia, havia bebido, duas taças, para criar coragem! Não queria se comportar mal, queria que fosse algo que ambos gostasse! Quer dizer!
Queria passar uma boa impressão, desde a primeira noite, para não assustá-la! Estava nervoso! E antes de ela entrar, bebeu a terceira taça de vinho.
Irene subiu os degraus feitos de pedras no meio do jardim. Até chegar em uma pequena varanda. Jun com simpatia a conduziu para dentro da casa. O Sr. Kim que vinha atrás, ficou na varanda. Ele sentou em uma, das cadeiras de vime. Em sequência, tirou do bolso do paletó, sua caderneta de anotaçõe para registrar os fatos.
Ao entrar, Irene notou a mesa posta em outro ambiente. Havia também um buque de rosas no balcão próximo à mesa de jantar. A decoração da casa era admirável pois havia tantos detalhes de deixar qualquer um de boca aberta.
Jun falou pouco e a conduziu até a porta do quarto. Irene respirou fundo. Fechou os olhos, e deu uns passos e falou baixinho.
— Seja o Deus quiser!
Quando sentiu que já estava dentro no ambiente, abriu os olhos e pasmou! Viu Goon sentado em uma posse máscula! Uma metade de seu corpo completamente iluminada e a outra, apenas uma silhueta na penumbra. Mas ela se agradou com aquela imagem. “Até parece cena de dorama”, pensou ela se sentindo emocionada!
— Feche a porta, por favor! – a voz vinda do fundo do quarto era mansa, suave e viril. Como se estivesse no automático, ela obedeceu num piscar de olhos.
Goon sentiu a corrente elétrica assim que ela entrou, então a sua moral masculina ficou em alerta. Seus pensamentos ficaram confusos. “Como eu posso, sentir isso por essa mulher? Qual é o pecado que trago de outra vida, para sofrer com essa situação?”.
Em seguida, Irene olhou para a cama coberta de pétalas de rosas-vermelhas, enquanto Goon tentava esconder o líbido que sentia.
— Quer tomar uma taça de vinho? Pode ajudar para criar coragem! – aconselhou Goon.
— Não! Não! Se eu beber posso passar dos limites, e cometer loucuras!
— Então!? Quer que eu tire as suas roupas? – perguntou ele, tentando se segurar.
— Não! Eu posso fazer isso sozinha!
— É melhor começarmos! Pode tirar as suas roupas e tiro as minhas!
Começaram timidamente tirando as partes de cima. Em seguida, Irene tirou a blusa e se deteve, vendo ele tirando o paletó, depois a camisa,e a cada botão aberto a imagem ficava cada vez melhor.
Então, Irene começou a sentir desejo. Há muito tempo, não sentia aquela sensação em seu corpo. Ele tirou as calças e ficou de cueca box preta. Que visão maravilhosa! Pensou rapidamente.
— Você não vai tirar!?
— Ah! Sim vou! Sim! Já estou tirando!
Ela desabotoa sua calça jeans, mas ao puxar o zíper, esse ficou preso. Por mais que tentasse não conseguia abrir. Ela faz força, rangendo os dentes.
— O quê aconteceu?
— O zíper não quer abrir.
— Deixe eu tentar !?– ele se aproxima, mas no mesmo instante que ele abaixa a sua cabeça, ela levanta a dela. Batendo fortemente no nariz de Goon, que grita de dor.
Na varanda, o Sr. Kim ouve o grito e fica alerta. Da mesma forma, Jun sentado no sofá, pula de susto!
Goon corre para o banheiro, sentido que o seu nariz está sangrando. Em seguida, ele lava o rosto, aproveitando para acalmar o calor que sentiu ao chegar muito perto de Irene. Após achar uma caixa de lenço, deixada por Jun no banheiro, enrola e coloca um em seu nariz.
Vai até ela novamente. Respirando fundo com a corrente elétrica circulando rápido pelo corpo. Ela fica sem graça, ao ver que o machucou, então tenta se retratar, tocando nele, no ombro, e pedindo desculpas.
— Em primeiro lugar, não foi a minha intenção machucá-lo! Por isso, me desculpe! – com o toque um fogo, um desejo quase incontrolável, faz ele urrar feito lobo faminto. Ele com esforço responde.
— Não toque em mim! Não por enquanto! Deixe eu abrir esse zíper. – os esforços foram em vão. Nada de abrir o maldito.
— Fique aqui pois eu já volto! – procurou pelo quarto, por uma tesoura, mas não encontrou nada. O tesão que estava sentindo só aumentava. Não pensou muito. Saiu do quarto com uma cara de quem está desesperado. Jun se levantou do sofá para vê-lo melhor.
Da porta, o Sr. Kim pode ver Goon passar só de cueca, com um papel no nariz, impedindo a hemorragia nasal. Sua cara era a das piores.
Em seguida, ele foi até a mesa do jantar e pegou uma faca. Uma faca afiada de cortar assado. O Sr. Kim ficou assustado com a cena que viu. Jun apenas olhou preocupado. Pois aquele, com certeza não era o seu primo. O semblante estava transtornado. Ele entrou no quarto, fechando a porta com violência.
Irene estava parada no meio do quarto, mas quando viu a faca na mão de Goon, ficou com medo. Em seguida, ela paralisou. Contudo, ele chegou perto e puxou o cós da calça.
— Erga as mãos, e encolha a barriga! – ela obedeceu cegamente. Ele colocou a faca e cortou a calça. Foi aí que ela deu um baita grito.
O Sr. Kim entrou desesperado, mas foi impedido por Jun.
— O que aquele animal está fazendo com ela? Deixe eu passar!? – disse o Sr. Kim, preocupado.
— Contudo, eu não posso permitir! Goon deixou avisado, que em hipótese alguma quer ser incomodado!
— Mas esse grito! Não é normal! Ele pode tê-la machucado! Não viu ele passar com uma faca?!
— Mesmo assim, a porta está trancada! Então, como vamos saber!?
Depois que Goon cortou uma boa parte de sua calça, ele puxou para baixo. Olhou para cima e interroga.
— Por que gritou?
— É que eu comprei ontem! – falou baixinho – É a primeira vez que estou usando!
— Depois vou te ressarcir! Na saída, fala com o Jun, o secretário. Vamos tirar isso logo pois estou com pressa!
Em seguida, ela tentou tirar os pés da calça que já estava embolada no chão, mas acabou se desequilibrando. Para não cair, apoiou-se nele.
Goon, com isso, não aguentou mais! Ao se levantar, já pegou ela no colo. E a calça cai no chão. Em seguida, ele a leva para cama, jogando-a na cama macia e sobe em cima, ficando de joelhos, entre suas pernas. Com as mãos rasga seu sutiã e sua calcinha. Então, ela fecha os olhos, desaprovando o que ele fez. “ Lingerie novinha e cara, jogada fora”, pensou.
Mas, o que veio depois disso, fez ela esquecer de tudo! A noite havia finalmente chegado.
Na sala, o Sr. Kim estava discutindo com Jun, querendo saber por que Irene havia gritado. Mas logo uns gemidos altos começaram a ecoar pela casa. Sem jeito, Jun explica.
— Como dá de perceber! Ela não deve estar sendo machucada!
O Sr. Kim indignado sai da sala, pela porta da frente. Jun estava incomodado com todos aqueles gemidos então senta na sala colocando o fone de ouvido, e tenta se distrair ouvindo música.
Uma hora depois Jun, não aguentando mais, desce para a piscina e encontra o senhor Kim sentado em uma das cadeiras.
— Ah! O senhor também veio pegar o ar fresco da noite? – perguntou Jun.
— Ar fresco!? Claro que não, pois é impossível ficar na varanda! Será que esses dois não vão parar nunca? Já percebeu que desde quando começaram não pararam de gemer?
— É! É mesmo! Agora que falou, realmente ainda não teve nem uma parada significante! O que seria normal!? Pelo menos uns 20 minutos! Não é? Pois será que ele não consegue chegar aos finalmente!?
— Não sei! Você é que conhece ele melhor! Então, deve saber o ritmo dele!? Viviam juntos se aventurando! – disse o Sr. Kim, com uma nota de reprovação.
— Ah! O Goon é bom nisso pois a mulherada não reclamava! Mas ele tem…- Jun parou antes que contasse o segredo sobre sua doença.
— Ele teve problemas com a morte da esposa! Está psicologicamente abalado! Não é? – completou o Sr. Kim.
— Sim! Isso mesmo! Assim, essa viagem é para ele relaxar e esquecer os problemas!
— E para isso, fez questão de enganar essa mulher! Deu para ver que ela estava nervosa com a situação!
— Eu também não aprovo, a maneira de como esse encontro foi planejado. Mas Goon é assim mesmo! Não tem como mudar! – a conversa se prolongou por mais uma hora.
Só então Jun recebeu a ligação de Goon lhe procurando, pedindo que voltasse para a sala.
— Parece que terminou! Que noite!
— Eu vou ficar no carro. Vou estar esperando. – avisou o Sr. Kim.
Em seguida, Jun entra na sala, e vê Goon sair se arrumando, vestindo o seu roupão azul-marinho. Ao chegar mais perto, Goon já lhe dá uma ordem.
— Jun, dê 10 mil reais para a feiosa! Ah! E pede para ela vir amanhã vestida com uma roupa menos complicada de se tirar. – toda aquela fala estava confusa mas Jun entendeu depois de meia hora, quando Irene saiu do quarto.
Ela usava o seu moletom, mas trazia sua calça jeans praticamente destruída em seu braço. Embolado em sua mão esquerda, segurava suas roupas íntimas.
Irene percebe que o Jun olha para o seu moletom, descontente por isso logo justifica:
— Ah! O Sr Goon me deu para poder voltar para o hotel! Mas eu devolvo na próximo noite! O zíper da minha calça não queria abrir.
— Entendi! O Sr Goon me disse para lhe dar isso! – entregou um buque de rosas e um envelope.
Assim que ela abriu o envelope, observando o maço de dinheiro, ficou preocupada.
— Ele não quer mais!? Está pagando isso para me dispensar!? Nós temos um contrato!
— Não é isso, Senhora Irene! Esse é o pagamento pelo prejuízo de sua calça! Além disso, foi lhe dado um pouco mais, para comprar um vestido mais fácil de ser tirado para a noite que vem – quando Jun falou isso ele corou, e Irene também.
Jun acompanhou Irene até no final da escada onde o Sr. Kim lhe abriu a porta do carro. Em seguida, ela entrou sem jeito pois para ela, era vergonhoso o que fora fazer ali, naquela noite.