STALKER – Sabor que Encanta Cap 13 – Sapatos

Capítulo 13 – Sapatos

O departamento de polícia do distrito de Gangnam-gu estava uma tremenda confusão pois o outro perito em informática saiu correndo do seu setor, assim que percebeu a invasão. Os outros funcionários estavam na porta do Departamento Dos Homicídios, e os que trabalhavam ali, estavam em volta do Olho Vivo e do Sr Han. Enquanto isso, eles combinavam o que fazer.

O Detetive Lee entrou abrindo caminho naquele alvoroço. Seguiu para o seu departamento, olhando para Seok, faz um sinal. Esse veio até ele, relatar a novidade.

— Fomos invadidos! O malandro entregou um presentinho!

— Se a polícia não tem proteção, quem vai nos defender desses atrevidos?

— Por que o espanto? Não é a primeira vez!

— Mas, já deveriam ter feito uma blindagem no sistema! Se aconteceu a primeira, nunca deveriam deixar acontecer a segunda!

O Sr. Han e Olho Vivo, resolveram desligar todos os PCs, E só Hyun Joong, abriria a conexão, para receber o pacote. Olho Vivo, senta e abre o link. Tentou mais um pouco e ficou frustrado. Era nítido no seu rosto a decepção.

— O que houve? – perguntou o Chefe Lee ansiosos.

— Não deu para rastrear! Foi rápido na entrega!

— E o que nos entregou? Vai ser útil?

— Ainda não abri! – o chefe estava impaciente.

— Abre logo isso!

— Pode danificar o sistema! Depois vão cobrar de mim o conserto!

— Desde quando você é responsável pelo trabalho dos outros? Se eles não querem perder arquivos, que coloquem algo decente, que realmente proteja. Abre logo!

— Vou obedecer! No entanto, não me responsabilizo!

— Deixa de ser medroso! Sou eu que estou no comando!

— Então vou abrir o pacote! – fala Olho Vivo receoso, esperando o pior.

Assim que abriu, viu que eram imagens, poderiam ter vírus. Tentou abrir protegendo ao máximo o seu PC, já trabalhava nele há anos, e o equipou com vários recursos. Foi abrindo as imagens uma por uma e, na primeira, já percebeu que não eram comuns.

Fotos do estúdio Royalle no dia do crime. Uma panorâmica interior do local e outras ampliadas. Onde era nítido, a cena em que um dos seguranças, vagueia livremente no setor onde estavam os bombons. E revelava nas fotos ampliadas, a existência de uma seringa no seu bolso do paletó. Ao perceber, e concluir que era um suspeito, o Detetive Lee ergue o seu braço direito, e em seguida estende a mão falando.

— Quem perdeu a aposta? Pode-me pagar hoje ou até o final de semana. Falei que o motoqueiro era o paparazzo! E não o suspeito do crime! Não acreditaram! Ganhei sozinho! Vou ter dinheiro para pagar o meu almoço e jantar até o fim do mês! – os devedores saem reclamando! O Sr. Han, tira do bolso a sua carteira, pega quase todas as notas que têm, colocando na mão do Sr. Lee.

— Não sei porque ainda aposto contigo! – o detetive faz cara de satisfeito contando as notas. Depois fala para os outros ouvirem.

— Um já pagou! Quem mais, vai pagar hoje? – ao olhar para Olho Vivo, fica sem jeito.

— O que foi? Por que essa cara?

— Foi uma aposta injusta! – responde ele, tomando as dores dos amigos.

— Não pode reclamar! Você nem apostou!

— Claro! Sei que o senhor recebeu o relatório do Dr Choi! Se o Dr Choi comentou algo sobre o motoqueiro, com certeza o senhor aproveitou-se disso!

— Eu já tinha a minha opinião sobre o motoqueiro antes do relatório! Seok? – o Detetive Lee chamou o Agente. Seok veio desanimado.

— Que foi? Se é o pagamento? Acertarei no final de semana! – o Sr Lee apela. – Seok fala para esse desconfiado, quando foi que falei, sobre a minha desconfiança sobre o motoqueiro?

— Faz um bom tempo!

— Antes ou depois que saiu o relatório do Dr Choi? – pergunta Olho Vivo, sem cerimónia.

— Seu moleque! Pensa ainda que passei a perna na aposta? – o Agente Seok coça a cabeça tentando lembrar.

— Foi no mesma dia! Mas a aposta começou antes, eu acho.

— Contudo, o detetive apostou no motoqueiro, depois da aposta ter começado! – argumentou Olho Vivo firme na sua observação.

— As apostas começaram de manhã, mas apostei no final da tarde! No mesmo dia.

— É! Porém, nesse dia eu, Olho Vivo e o Senhor fomos à Fábrica Sabor que Encanta! O Chefe combinou depois que saiu do Instituto Forense!

— Isso mesmo! – concordou Olho Vivo com o Agente Faro Fino.

— Agora sei! Porque está reclamando! Só porque ele perdeu! – apontou para Faro Fino que estava perto. Entretanto, se aproximou mais, quando Seok foi chamado!

— Se não sabe perder! Não aposte contra! Poderia ter apostado junto comigo no motoqueiro, e estaríamos a dividir a grana! Apostou também no final da tarde, quando chegamos da fábrica! O senhor apostou errado porque quis!

— Mas, o senhor sabia que o motoqueiro era o paparazzo, e não o criminoso! Só por isso jogou ele como isca!

— Claro! Não sou burro! – Faro Fino e Seok ficam irritados.

— Mas assim, deixou o pessoal dividido! – argumenta Faro Fino possesso. — O Dr Choi deve ter dado uma dica como sempre! – conclui Faro Fino.

— Seok! – grita o detetive Lee exaltado.

— Uh! – resmunga o Agente.

— Fala para esses dois! Se eu já perdi uma aposta? Mesmo no tempo que ainda não conhecia o Dr Choi!

— Isso é verdade! Nós nos conhecemos desde o ginásio! E toda vez que ele apostava era para ganhar! Aliás, até hoje nunca o vi perder uma aposta!

— Nem eu! – murmura Faro Fino.

— E nem vão ver! Eu só aposto quando tenho certeza! Mas se não querem perder, apostem junto comigo, na mesma alternativa. Não me acusem de algo que eu não tenho culpa!

— Ainda não me convenceu que o Dr. Choi não tem nada com isso! – irritado o Detetive Lee, segue para a sua sala reclamando.

— Vou trabalhar! Que ganho mais, que discutindo com vocês! Raramente eu aposto! E quando aposto é para ganhar! Nunca me vão, ver perder uma aposta! Então se acostumem em pagar! Se não querem perder, não apostem. Insistem em perder porque querem! Chega de confusão! Entrem em contato com a Agência de Segurança, precisamos identificar esse cidadão – ele estava, entrando na sua sala, quando houve Seok resmungando.

— Apostamos contra, porque ainda queremos ver você perder uma aposta! – o Detetive Lee, olha para eles espantado. Os três estavam com uma cara assustadora. Entretanto, para não perder o rebolado, dá uma risadinha sarcástica, um pouco debochada, antes de entrar e fechar a porta. Mesmo assim não vai até a sua mesa. Fica a espiar, levanta a persiana com cuidado. E vê quando os 3 se juntaram numa pequena roda. Então reclama para si mesmo!

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— Como posso trabalhar assim? Se a minha própria equipe quer me ver caindo!

No departamento Criminal, no meio do setor, Os Agentes Seok, Faro Fino e Olho Vivo conspirando contra o Detetive Chefe.

Na Revista.

No trabalho, Yoo Jin não conseguia se concentrar, algo lhe perturbava, ocasionalmente vinham ‘flashes’ da noite que passou com o Doutor. Se jogou para trás na cadeira, se espreguiçando, fazendo a cadeira correr centímetros, se afastando da sua mesa. Então, pode ver o rapaz da recepção, entrar no setor da redação, carregando duas bolsas de lojas. Não eram simples lojas! Uma delas, era de alta ‘griffe’.

Yoo Jin só desejou entrar em uma delas, um dia, sem precisar se preocupar com o seu contra-cheque. O rapaz entrou, e cada vez mais vinha para o seu lado. Ela ficou pasma, quando ele pós, as bolsas na sua mesa, falando.

— Deixaram na recepção para você!

— Para mim? – perguntou um tanto envergonhada.

— Sim! – ele pega uma prancheta e caneta que segurava junto a bolsa da mão direita e entrega para ela.

— Poderia assinar, por favor? É para o entregador! – ainda meio-desacreditada, ela assina.

Então olhou em volta, com o rabo do olho, e percebeu que ela estava em evidência! Todo o setor parou, para vê-la recebendo a sua encomenda. Se sentiu poderosa no momento. Portanto, não era uma mulher sem graça, como as mais jovens e bonitas do setor, murmuravam nas suas costas.

Agradeceu ao rapaz e abriu empolgada a bolsa da loja mais chique em referências de calçados. Tirou a caixa e foi abrindo com ansiedade, havia um bilhete. Claro! Só podia ser dele! Era do Dr. Choi. Leu o bilhete que dizia que aquele calçado, além de confortável, não causaria problemas na sua coluna. E era elegante suficiente para o seu trabalho e combinava muito com ela. Ela ergueu um pé do sapato admirando-o. Falando consigo.

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— Um sapato tão sofisticado! Como ele combina comigo? Esse homem é mesmo exagerado! – imaginou no valor que ele teria gasto! Provavelmente o mais barato da loja! Mesmos assim estava sorrindo à toa.

Não aguentou a curiosidade e tirou o seu calçado velho, e experimentou o novo. Os sapatos eram mesmo confortáveis. Sentou e abriu a outra bolsa. Na caixa pequena e bem embrulhada, tinha um cartão preso. Abriu e leu. Ficando ainda mais intrigada! No Bilhete estava escrito.

Esse presente é para você por um ponto final, e parar de sofrer com dores na coluna. Dores na coluna causam mau-humor! Espero que os seus dias sejam melhores e felizes! Atenciosamente Dr. Choi.

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Ao abrir, ficou surpresa pois era um gravador de última geração, na areia de tecnologia de publicidade. Não só um gravador! Mas, um aparelho com várias funções. Poderia efetuar gravações de multimídia com ele. Poderia fazer o seu trabalho em qualquer lugar, e enviar áudio, e esse já seria digitado no seu computador do trabalho. Quando entrou na revista ponderou em comprar. Entretanto, não teve coragem de gastar tanto no gravador, e aquele era o mais simples da loja. Agora estava com um melhor. Só os reportes do jornal tinham algo igual. Estava delirando com os presentes quando a colega de trabalho mais fofoqueira, veio até a sua mesa, matar a curiosidade.

— Parece que tem um admirador secreto? Fez uma surpresinha!

— Não é meu admirador! Esses presentes ganhei do meu namorado. – fez questão de falar, para provocar alvoroço.

— O seu namorado deve ter grana? Gastou uma pequena fortuna, para lhe impressionar!

— Na noite que ele me pediu em namoro, nós comemoramos com um Château Mouton! – a jovem fez cara de inveja.

— Quanto tempo estão namorando?

— Faz pouco tempo, ainda não é nada oficial! Mas estamos nos conhecendo!

— Então quer dizer que não vai anunciar quem é?

— Sim! Ainda é cedo para divulgar o nome! – estava louca para dizer. Contudo, guardou segredo, para deixar as fofoqueiras mortas de curiosidade.

— Mas, um homem que já no início, dá-te presente. É um excelente namorado! Não perca esse homem!

Depois que sua colega de trabalho saiu de sua mesa. Ficou abaixada, o máxima para ninguém a ver, falando sozinha. Estava encucada com os presentes.

— Tudo bem! Yoo Jin! O Dr. Choi não é normal! Lhe, deu porque se preocupa com a sua saúde! Pois ele é um médico! Só por isso! Mas, se está preocupado, é por que gosta de mim? Não, quem gosta, não daria sapatos e um gravador! Daria flores, chocolates ou joias! Claro que não gosta! – ela ocasionalmente girava na cadeira. Tentando esquecer. Passava uns 15 minutos. E logo vinha a dúvida.

— Ele sabe o peso do trambolho do gravador e sentiu pena de mim! Isso! Foi isso! Solidariedade! Todavia: flores murcham! Chocolate engorda! Joias, nós ficamos com medo de perder ou ser roubada! O sapato é útil, o gravador é ainda mais! E no bilhete ele dizia que dores na coluna, causa mau-humor. Claro, ele não quer me ver mal-humorada! Homem não conseguem lidar com isso! – tentava se conformar.

— Mas, também dizia que quer que eu seja feliz! Um homem desse é fofo demais! Portanto, um namorado que pensa no meu bem-estar, na minha saúde! É um bom namorado! Como eu queria ter um namorado assim de verdade! Espera! Se ele quer o meu bem, eu sendo apenas um caso! Como ele seria, se eu fosse mesmo a sua namorada?

A teia que o Dr. Choi armou para Yoo Jin, foi pegajosa. Portanto, fez ela ficar o dia todo pensando nele. Quando saiu da revista, andou pela cidade para distrair, e acabou diante da ‘vitrine’ da loja de calçados. Quando percebeu estava admirando e resolveu entrar. Em seguida, a atendente a olhou dos pés a cabeça. Era nítido que não era granfina. Entretanto, usava um calçado da loja. Além de carregar no braço uma bolsa do local. Então, sorriu e foi atendê-la.

— No que posso-lhe ajudar?

— Estou olhando! Gostaria de ver mais sapatos como esse que estou usando! São confortáveis!

— Essa é uma linha especial!

— Especial?

— Sim! Qual é o seu problema?

— Problema? Em que sentindo?

— Sofre de lordose? Fez cirurgia, tem desvio na coluna? Tem joanete? Ou os seus pés, e dedos são tortos?

— Tenho muitas dores nas costas.

— O modelo que está usando vai resolver muito! Garanto 90% que a suas dores vão diminuir! Quer mais um desse tipo, temos no mesmo padrão, em outros modelos e cores! Quer ver?

— Ah! Sim, por favor!

— É por aqui. – a tendente seguiu para outro ambiente da loja, um local decorado luxuosamente. Em seguida, foi até um armário de onde tirou umas 3 caixas, abrindo e mostrado os calçados.

— Não temos muitos! Como disse é uma linha especial! Contudo, podemos fazer sob medida. – ela pegou um, na mão e olhou o valor da etiqueta. Tentou ser o mais natural possível. Deu uma desculpa, dizendo que voltaria outro dia. Assim que saiu, as outras duas funcionárias vieram xeretar.

— Quer dizer que essa é a namorado, daquele homem lindo e charmoso que esteve ontem aqui?

— Parece que sim! Ela está usando os sapatos, que vendi para ele! – falou a mulher que atendeu Yoo Jin.

— Notaram? Que nem ele, e nem ela estão usando alianças de compromisso! Então deve ser namoro recente! Não Acham? – falou a mais jovem delas.

— Que sortuda! Homem como aquele não se acha fácil por aí!

Em seguida, a repórter desceu os 3 degraus da loja, ainda tonta. Com o susto, quando conferiu a etiqueta. Quase caiu dura, quando viu que ele gastou, mais que o salário dela naquele presente. Realmente ele era maluco! Não sabia se era por gostar dela ou por exibicionismo. Mas, tudo ia se acumulando! E mais, o Dr. Choi estava no seu pensamento.

Em seguida, pegou o celular e olhou as mensagens, e as ligações. Nada! Ele mandou presente, mas nem se preocupou em perguntar se ela gostou.

— Mas se ele se preocupa tanto comigo? Por que não me ligou? Nem mensagem? Que tipo de homem é ele? – estava no ponto de ônibus resmungando a falta de comunicação. — Vai ver que foi, só um agradecimento pela noite que passamos juntos!

O Dr. Choi, estacionado do outro lado da rua, observava a sua presa, se torturando, emaranhada em pensamentos de dúvidas, desejos e satisfação. Era tudo que ele queria saber! Ela caiu na teia!

Professora de Arte Pós-Graduada. Nascida em Joinville. Signo: Libra