O estudo dos símbolos como o Tori pode ser algo fascinante, principalmente, quando esbarramos nas mitologias dos diversos povos.
O mesmo acontece com a história e a mitologia japonesa.
No Japão, arcadas abertas, conhecidas como Tori (ou Torii), marcam a entrada para os santuários de Shinto. Elas representam um estado divino de abertura perpétua e simbolizam o ponto no qual um visitante passa do mundo cotidiano para o mundo sagrado.
Na tradição chinesa, uma porta aberta é considerada como ativa, ou yang, uma porta fechada como passiva ou yin.
O abrir e fechar de uma porta representa a dança cósmica entre Yin e Yang, onde primeiro um e, depois, o outro assumem o controle.
No Taoísmo, a abertura e fechamento dos Portões do Céu estão relacionados com a respiração humana; portanto, segurar a respiração é igual a fechar os portões e respirar significa abri-los.
O Tori de Shinto não é o único do Japão, mas é um dos mais enigmáticos e belos, ponto turístico para os que querem visitar esse símbolo de transição para um mundo espiritual.
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E o mais antigo Tori de Pedra foi construído no Século XII e está no santuário Hachiman na prefeitura de Yamagata.
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Geralmente, os toris eram feitos de madeira ou pedra, mas hoje podem ser feitos de outros materiais. São pintados de vermelho ou mantém a cor natural de seus materiais.
Alguns lugares, costumavam construir Toris para simbolizar o sucesso nos negócios e alguns povos costumavam doar Tori como símbolos de gratidão.
Em Quioto, o Fushimi Inari-Taish tem milhares de toris, cada qual com o nome do seu doador.
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Um texto de 922 pode ser o primeiro da história que menciona esses portões sagrados, indicando que sua história é tão antiga quanto a do Japão.