Amor, Ódio e Amor. – Cap. 2

Baseada na novela turca: Será Isso Amor?

Amir fez mais perguntas para todos os estagiários, incluindo ela. As respostas foram do seu agrado, ele ficou satisfeito com os candidatos. Estava orientando a chefe do recrutamento, quando ouviram 3 batidas na porta, e entra na sala da presidência, o secretário Ozan, um pouco surpreso, se retrata.

– Desculpa-me! Não pensei que estava ocupado. / então, Amir fala amistoso.

– Entre, senhor Ozan! Foi bom que chegou nessa hora. / Amir estende a mão na direção dos estagiários.

– Ozan esses são os novos estagiários. / falou Amir satisfeito.

– Bom dia! ? / cumprimentou Ozan, falou olhando para todos e fixou os olhos em Anika.

Amir notou que a jovem também chamou a atenção do seu “braço direito”. Antes Ozan trabalhava para seu pai. Agora, era o seu conselheiro nos negócios, já que seu pai exigia a presença de Ozan por perto.

– Caros Funcionários. / Falou Amir confiante. Todos se olharam. Pois aquela referência significava que todos passaram na entrevista final.

– Deixe eu apresentar. / continuou o presidente da construtora.
Amir se levantou e foi até Ozan, colocando a mão direita no ombro do secretário.

– Esse é o Sr. Ozan Sari. Trate o senhor Sari como o máximo de respeito, o seu cargo aqui é tão importante quanto o meu.
Ozan sorriu pelo reconhecimento.

– Então, senhora Asuman pode levá-los. Coloque um em cada setor por uma semana, fazendo o rodízio. Então saberemos, qual setor se encaixa melhor com suas habilidades.

A Senhora abriu a porta fazendo sinal para eles acompanhá-la. Todos se despediram cordialmente.

Assim, que saíram.

Amir vai até a sua mesa e aperta um botão, fazendo o vidro branco, se tornar fume, deixando visível os estagiários que acabaram de sair. Amir seguiu Anika atentamente. O mesmo fez Ozan. Então Ozan comenta.

– A penúltima jovem, ela me lembra… / o senhor Ozan nem chegou terminar, Amir falou afobado.

– Realmente! Eu também pensei que era a pestinha!

– Você está se referindo a senhorita Anika?

– Ela mesma. Aquela sem vergonha. Só faltava aparecer aqui, depois de tudo que fez! Seria muita ousadia daquela cara-de-pau! / Falou Amir irado.

– E não é? / provocou Ozan.

– Graças a Deus, que não! / ele volta a apertar o botão, e o vidro passa a ser branco como a pintura da parede.

– Pelo visto, aprovou todos! / comentou Ozan.

– Sim, precisamos de mão de obra barata, para o trabalho. Não podemos afrouxar as rédias. A crise ainda não passou. E é você que vai ficar encarregado pela avaliação dos estagiários. Não posso confiar ao Munis. E fique de olho nessa aqui. / continuou Amir.

– Enir Melissa Aydin. / falou sentando atrás de sua mesa, e pegando a ficha, sem olhar, fala o nome.

Ozan pegou a ficha e sorriu debochado. Sabendo de tudo, já estava esperando por aquela reação.

– Ficou interessado em uma estagiária? Pois decorou o nome! Quem é essa?

– É a jovem parecida com a ‘Pestinha’, ela tem um excelente currículo. É uma forte candidata para ser efetivada. Fique de olho nela. Tem algo nessa jovem que me chama atenção. Tenho um mau pressentimento.

– Não seria só a beleza da jovem? / argumenta Ozan.

– Claro que não! Nem sei, como pude pensar que ela poderia ser a “sanguessuga”. Mas, ela lembra muito. Entretanto, nunca poderia ser! Nunca a imbecil se tornaria tão bonita e o currículo é ótimo. Aquela burra, não sabia fazer contas simples! Como poderia entrar numa faculdade de arquitetura? Uma completa idiota. Só me dava presente inútil no meu aniversário. / falou Amir chateado ao lembrar.

– Eu creio que a senhorita Anika, deve ter se tornado uma bela jovem também, ela sempre foi muito fofa e meiga de pequena. As sardas eram o seu charme. Mas, podem sumir como tempo. As pessoas mudam. / comentou Ozan provocando o presidente.

– Impossível! / afirmou Amir convencido.

– E se for a senhorita Anika com outro nome? Ela pode ter mudado de nome. E Hoje, as sardas podem sumir com um bom tratamento de pele. / falou Ozan, verificando se realmente Amir não a reconheceu.

– Não com aquela cara cheia de sardas e espinhas. A aparência até pode mudar, mas a burrice daquela cabeça mole, com cérebro de minhoca, não tem como mudar. Quase cometi um erro, quando vi a estagiaria. Estava pronto para mandá-la embora. Só que não encontrei a ficha com o nome da ‘Pestinha’. E ao ver, o currículo dessa Enir Aydin, realmente seria impossível ser a mesma pessoa. Sua família é de classe média, ela tem 50% de bolsa de estudo. Não teria dinheiro para gastar com tratamento de pele, muito menos com plástica. Lembra da cicatriz? Dificilmente sairia apenas com um tratamento de pele.

– Ao falarmos da senhorita Anika. Senhor Amir! Já não está na hora de permitir o seu pai encontrá-la? / lembrou Ozan, a promessa que Amir fez.

– Claro que não! Ele ainda pede para procurá-la? / fala irritado o jovem presidente.

– Sim, principalmente no dia do aniversário dela. E a data está próxima. / justificou Ozan.

– Tenho certeza, que o meu aniversário ele não lembra! Mas, o aniversário dela, ele não esquece! / falou, Amir com voz amarga.

– Continuo dizendo, que ainda não a encontrei? / indaga Ozan curioso.

– Diz para ele que contratei um detetive, assim que eu souber notícias, eu aviso.

Ozan, sabia que Amir havia posto um detetive atrás da Mãe e da filha. O verdadeiro motivo, ainda era desconhecido. Se todo esse tempo não mexeu um só dedo para encontrá-la. Por que agora estava se movimentando? Estaria ele preocupada com as ameaças que seu pai lhe fez?

O Senhor Raif, resmungou várias vezes que só passaria a Herança para ele, caso ele se casasse com Anika. Esse era o meio de reparar o erro que cometeu, causando a cicatriz, que a impediria de poder arrumar um bom casamento. Esse casamento, praticamente já tinha sido arranjado desde o dia do acidente. Coisa que Amir odiava.

Mas, pensou que sumindo com ela, seu pai esqueceria. Entretanto, ficou sabendo pelo advogado do seu pai, que ele andou mexendo no seu testamento. E depois disso, seu pai começou a resmungar, que Amir não receberia a herança, caso não casasse com Anika.