Como Sequestrar o Seu Ídolo – Cap 15

Como Sequestrar o Seu Ídolo – Cap 15

Décima quinta cena

Shim Hyung Tak _ ABS SHIRTLESS - YouTube

O Dr. Kang levantou da cama às 6:30 da manhã, pegou seu vidro de calmante e tomou um comprimido. Em meia hora tomou seu banho, se arrumou e estava terminado o seu café, e antes do último gole, tomou outro comprimido. Sabia que a primeira consulta seria com o seu paciente mais chato e irritante.

 Entretanto, não era para ser ele. Mas o rapaz conseguiu convencer sua sobrinha, a transferir a consulta do primeiro paciente para outro dia, liberando o horário.

No elevador, antes de chegar no andar de seu consultório, tomou mais um calmante, só para garantir. Quando abriu a porta do consultório, sua sobrinha estava com os cotovelos apoiados na mesa da recepção, com a cabeça encaixada entre as mãos e babando. Enquanto o paciente sentado no sofá, em sua frente lia o jornal do dia.

Dr. Kang – Bom dia Sr. Jung!? Demorou para voltar, já fez um mês desde que nós vimos! Como tem passado?

Jung – Estafado! Não sei se devo agradecer! Mas, graça ao seu conselho, não tenho paz! – Jung reclama chateado – Estou trabalhando feito um louco! Já faz semanas que não vou para casa! Só falo com a minha mãe por telefone!

Dr. olhou para a garota, e ao passar perto da mesa, bate de leve no queixo da sobrinha, fazendo ela fechar a boca.  Pega a chave do bolso do paletó e abre sua sala. Era muito desconfiado com tudo, por isso não gostava que seu consultório ficasse aberto enquanto estava fora. A mulher que fazia faxina, vinha uma vez por semana e era vigiada por ele. A pobre mulher trabalhava sobre pressão.

Dr. Kang – Vamos entrar!?  Para saber o que está lhe incomodando!? Suas ligações são sempre confusas e em horários em que estou ocupado. Não posso lhe dar, a devida atenção.

Paciente Irritante.

O rapaz se levantou, deu um sorriso amarelo para a secretária e entrou na sala, a sua frente. Foi para o divã, de uma maneira automática. Dr. Kang olha para a sobrinha com desdenha, entrou e fechou a porta da sua sala. Foi até a estante pegou um bloco de anotações e sentou em uma poltrona confortável, entre sua mesa e o divã onde o jovem estava. Tirou do bolso do seu paletó, a sua adorável caneta, e começou a sessão.

Dr. Kang – O que tem para relatar hoje? Gostaria de falar sobre o quê?

Jung – Só vim, porque tenho que viajar hoje a tarde. Vou para Busan, semana que vem começa as filmagens, onde vou participar como convidado. É um papel simples! Vou ter que interpretar um jovem de 17 anos, louco para ser reconhecido como cantor. Coincidência! Não acha? Vou cantar na festa da escola! Não falaram em cena de beijo. Mas estou nervoso! Temos um encontro, com mais um fã clube de peso! Nada contra! São nossas melhores fãs! Super carinhosas!

Dr. Kang – Então qual é o problema?

Jung – Medo de encontrar ela doutor! Nunca se sabe!? Em Seul, nunca a encontrei! Mas há uma chance! Assim como em Busan! Jamais eu voltarei para minha antiga cidade! Mas isso não significa que estou livre de me esbarrar com ela! Não pensa o mesmo que eu?

Dr Kang – Não melhorou depois que entrou em contato com jovens acima do peso? Penso que ainda usa ela, como desculpa para camuflar seu preconceito em relação a pessoas gordas?!

Jung – Nada disso! Está redondamente enganado! Tenho medo apenas de uma! Quer dizer, de 3 indivíduos gordos! Dela, a nariguda! E de seus dois amigos assustadores!

Dr. Kang – E por que tem medo?

Jung – Ora vou falar por quê! Porque quando eu era pequeno, esse trio me atormentou…

Enquanto o jovem relatava sua terrível experiência, Dr. Kang rabiscava um desenho no bloco. Já havia ouvido mais de duas mil vezes a mesma história. Só o que mudou da última vez, que esteve no consultório, foi o sonho, onde o cenário não era mais o mesmo.

Fazia quase 4 anos que estava fazendo a terapia. Primeiramente, fazia a terapia uma vez por semana. Quando se sentiu mais seguro, passou a ir ao consultório uma vez por mês. O rapaz tímido, mudou desde então.  Seu complexo de inferioridade sumiu. Tornando o, um pouco arrogante. Sua timidez se foi. Fazendo ele superar o medo do palco. Mas, vivia reclamando que o Dr. Kang era incompetente, pois ainda tinha medo da imagem mais assustadora para ele. A nariguda do jardim de infância! Para o Dr. Kang essa menina deveria ter outra ligação. Um trauma maior que ele, o jovem ainda não identificou. A perda do pai, poderia estar associado a essa garota. Mas toda vez que o doutor tentava entrar no assunto sobre o seu pai. O rapaz desviava o foco.

Um Trauma liga a Outro!

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O Dr. Kang começou a desenhar nos blocos de anotações desse paciente, um ano após a terapia ter começado.  Quando o jovem se tornou arrogante e irritante.  Os primeiros desenhos eram apenas Zés palitos. Representando um Zé palito grande, apertando o pescoço de um Zé palito um pouco menor. Agora o doutor adquiriu habilidade no desenho. E desenha com detalhes a caricatura do Kpop. O jovem estava usando uma calça rasgada (dois buracos enormes  deixando amostra os joelhos), coisa que o Doutor não suportava ver. “Com tanto dinheiro, ainda compram roupa rasgada!?”, pensou o Dr. Kang enquanto finalizava o desenho do rapaz.

Wooyoung a day keeps the doctor away.: ATEEZ

Dr. Kang – Não pensa, que está exagerando!? Essa menina só fez isso, porque gostava de você!

Jung – Gostava uma ova! Ela adorava me ver com medo, isso sim!

Dr. Kang – Teve tanto medo quando ela te beijou?

Jung – Claro que sim! Na época, só podia pensar em algo! De ser aspirado por ela! Agora sei que, era impossível! Mas é coisa de criança! Tudo por causa do desenho!

Dr. Kang – Que desenho? Nunca me falou em desenho! Que desenho é esse?

Jung – Foi bem no início, um ou dois dias, depois que iniciou o jardim. Todas as crianças estavam assistindo desenho animado, depois do almoço. As professoras estavam preparando uma salada de frutas para a sobremesa. Era um desenho daquele elefante que tinha orelhas grandes.

Dr. Kang – O Dumbo?

14 vezes em que o novo Dumbo faz referência à animação de 1941

Jung – Esse mesmo! Tem uma cena em que o Dumbo, puxa amendoim para comer, aspirando o ar com a tromba, como um aspirador de pó. Ao vermos isso. Um menino comentou. “O nariz do elefante é grande igual o nariz dela! (E apontou para a gordinha, que estava sentada próxima da janela.) Vamos fugir, ela pode nos aspirar e comer, que nem os amendoins! Todos que estavam próximo dela correram para o outro lado”.

Porque Kot Tinha Trauma de Seu Nariz!

Dr. Kang – E você também correu?

Jung – Não, eu estava sentado na frente, um pouco longe. Quando todos correram para o outro lado. Só permaneceram no lugar eu e o outro gordinho, que depois disso ficou amigo dela. Ele até se levantou e foi se sentar ao lado dela. Mostrando que não tinha medo! – Jung riu ao lembrar – Mas também! Gordo do jeito que era, claro que não iria entrar no nariz! –  jung continuou rindo da piada que fez.

O Dr. Kang franziu a testa e começou a desenhar ele, estrangulando o desenho do kpop. O doutor era magro, mas sua mãe era uma senhora gorda, tinha uma irmã gorda e seu primeiro amor também era, a adorável vizinha, 7 anos mais velha que ele. Filha de uma amiga de sua mãe. Sempre que podia, viajava para a sua cidade natal, para matar saudades de sua mãe e de sua irmã. E ter notícias do seu antigo amor.

Dr. Kang – Não percebeu ainda, que essa menina, foi vítima de preconceito desde o jardim de infância!?  Mesmo assim, foi ousada e corajosa em querer namorar você!?  Ela não te machucava como os outros, não foi isso que me contou!? Só teve medo dela, por causa do beijo! Porque foi forçado a beijá-la.

Sonhar com beijo - Meu Sonhar

Jung – Ela brincava comigo na caixa de areia, porque dizia ser minha namorada! Nunca me bateu porque eu era o namorado dela! Mas ela vivia batendo nos outros! E dava medo de ver os outros apanhando.

Dr. Kang – Talvez haja um pouco de preconceito. Sua masculinidade pode ter sido afetada. Geralmente os homens querem conduzir seus atos. E como você foi forçado a fazer algo a contragosto. Ficou frustrado! Toda vez que beijou foi imposto?

Jung – Como assim?

Homens Gostam de Estar no Comando!

Dr. Kang – Foi obrigado a beijar alguém nas propagandas que fez até agora!? Ou já beijou alguém por sua vontade?

Jung – Sempre fui forçado! E não consigo beijar alguém, por lembrar do meu primeiro beijo! Foi terrível!

Dr. Kang – Tente tomar a frente. Escolha uma garota de seu gosto e tente dar o primeiro passo. Seja você a dar o beijo, e não ao contrário!

Jung – Quer que eu beije uma garota qualquer?! E se eu lembrar da nariguda? Não vou fazer isso! É um absurdo!

Dr. Kang – Tente ao menos! Tome a inciativa, seja você no comando. Escolha uma jovem tímida, inocente! Com quem você possa se sentir seguro. Se está indo para Busan, como disse, pode tentar!

Jung – O senhor está louco!  Que orientações são essas!? Como um médico conceituado, pode dizer tantas bobagens? – o doutor olhou para o relógio e comentou.

Dr. Kang – Já acabou o seu horário! Voltaremos a conversar sobre isso na próxima consulta. Mas pense no que acabei de comentar. Tente entender esse medo. Seja mais forte que ele! O beijo deve ser algo agradável! Tem que acontecer naturalmente. Nós homens sempre queremos estar no comando!  Ficamos inseguros diante de uma mulher que ultrapasse os limites.   – Jung  inclinou  o tronco para frente, sentando no divã. Se virou para o Doutor, encarou o doutor insatisfeito com a sessão.

 

Jung – Não sei porque o meu avô insiste, que eu continue a terapia com o Sr.! Já pedi 3 vezes para mudar de especialista. Mas ele quer o senhor a todo custo! Se o dinheiro saísse do meu bolso. Teria parado há muito tempo! Não sei em que o doutor se baseou para dizer tal absurdo! Nunca fui machista!  Agora quer que eu beije qualquer garota, para provar que sou macho o suficiente, para conduzir um relacionamento!? – se levantou e seguiu até a porta resmungando como sempre.

Dr. Kang – Não falei em machismos! Não me interprete mal!

Jung – Como sempre saio das suas sessões irritado! De tantas ideias esquisitas que ouço do Sr.! Dessa vez não vou fazer o que comentou! Já basta a confusão, em que me meti por sua causa! Passe bem Doutor! – saiu da sala fechando a porta um tanto agressivo. Aquela atitude foi suportável para o Dr. Kang. Os comprimidos que tomou, permitiu aguentar firme sem perder a calma. Quando o rapaz fechou a porta o doutor vibrou o termino da consulta!

Professora de Arte Pós-Graduada. Nascida em Joinville. Signo: Libra