O Vice-presidente Munís era primo, 3 anos mais novo de Amir, ele conhecia Anika e sabia de toda história que envolvia Amir, Anika e o casamento arranjado pelos seus pais.
Munis estava viajando a serviço da construtora, chegou naquela semana com boas novidades. Ao sair do elevador, seguindo para a sua sala, ficou assustado. Viu AniKa entrar na sala de projetos, com vários rolos de plantas, acompanhada do engenheiro. Ficou confuso, e foi para a sala do primo preocupado. Entrou sem bater na porta. Amir ficou irritado.
Munís.
— Não saber bater na porta?
— Amir! / falou Munís afobado.
— O que foi?
— Você a encontrou! E trouxe ela para trabalhar aqui! O que pretende com isso?
— Ah! Então é isso! Não se preocupe!
— Como assim? Qual é o seu plano? Eu não acredito que aceitou a situação de bom grado! Pretende roubá-la se fazendo de bonzinho?
— Roubar quem? / indaga Amir aborrecido com o que ouviu.
— A Anika! Eu a vi entrando na sala de projetos. Vai aceitar ela ao seu lado, trabalhando na construtora?
— Tem certeza que viu a Anika? /perguntou Amir, deixando Munís confuso.
— Claro que sim! / falou o vice convencido.
— Quem você viu, é a nova estagiária. Você sabe muito bem que eu nunca permitiria a ‘Sanguessuga’ trabalhar na construtora. Um, porque eu não suportaria a pegação no meu pé. Dois, ela não tem competência para trabalhar conosco. Três, mesmo ela tendo Ações da construtora. Não vou aceitar ela se metendo nos negócios.
Amir deu um muxoxo e continuou.
— Meu pai pode estar louco, eu não! Se ele quer mesmo, que eu me case com aquela ‘Pestinha’. Essa, vai ser a minha condição.
— Então, já está conformado?/ falou Munís desconfiado. / -Se aquela que vi, não é Anika! Você ainda não a encontrou? Vai casar com quem? Tem prazo para esse casamento acontecer?
— Ainda bem que não! Mas, assim que encontrar a ‘Pestinha’, vou convencê-la a ser o administrador dos 35% das suas Ações. Ou convenço ela a trocar por uma das lojas. Lojas de móveis e decoração é mais adequado para uma mulher administrar, não acha? / perguntou Amir desolado.
— Sei que está chateado com o tio Raif, mas creio que ele tem suas razões! Ele não quer que a filha e a esposa de seu melhor amigo passem necessidades.
— Para com isso, né Munis! Já não chega o monte de grana que meu pai deu para aquelas duas! Toda vez que iam lá em casa, eu via ele entregar nas mãos da senhora Esmeray um bolo de dinheiro. Pura sanguessugas, mãe e filha, duas aproveitadoras!
(Depois da morte do senhor Taylan (pai de Anika). O senhor Raif, tentou dar uma boa quantia de dinheiro para a viúva. Entretanto, essa sempre recusava, devolvendo todo o dinheiro oferecido. Infelizmente, foi mal interpretada por Amir. Amir várias vezes, chegou a ver de longe, o pai entregando uma boa quantia de dinheiro nas mãos da senhora Esmeray. Chateado com o que via, saia irritado. Entretanto, nunca ficou, para ver a mãe de Anika devolver o dinheiro. A senhora Esmeray, já era grata por ser bem cuidada e ter ganho um apartamento do senhor Raif.)
Munis ficou preocupado, pois sabia que Amir, achava que a senhora Esmeray chantageava seu pai. Acusando Amir pela morte do senhor Taylan, o dinheiro que ela recebia, era para não entrar na justiça contra Amir.
— Quem é essa nova estagiária? Que se parece tanto com a Anika! / perguntou Munís, tentando mudar o rumo da conversa.
— Entraram 5 novos estagiários, 2 homens e 3 mulheres. Fique longe das moças. Nada de ficar jogando charme para elas. Não esqueça o que aconteceu há 2 anos.
— Nem me lembre! / retrucou Munís concordando.
— A estagiária parecida com a ‘Pestinha’. É uma ótima candidata a ser efetivada. Então, cuide para não se exibir tanto perto dela. Seja profissional!
— Ela é tão parecida com a Anika! Está certo que faz muito tempo que não a vejo. Mas, assim que vi a estagiária, me lembrei da Anika. / retruca Munís, ainda desconfiado.
— Tem certeza? Você nem sabe como a ‘Ferrugem’ pode estar hoje! Creio que nem chegar perto da senhorita Enir!
— Anika sempre foi bonita! Você que nunca quis reconhecer! Só, por viver chateado com o mundo, descontava na Anika o seu desgosto! / falou o Munis sabendo de tudo que afligia o seu primo.
— Talvez, fosse bonita! Mas, sempre estava me irritando! E tinha muito sardas. Coisa que eu não gosto em uma mulher!
— Falou o rei da beleza! Até parece que você é perfeito!
— Para Anika eu era belo, como um príncipe! / respondeu Amir sem se tocar no que realmente disse.
— Ah! Para a Anika! (Amir nunca dizia o nome, apenas os apelidos). Só se for o príncipe do Shrek! O Encantado e mal-humorado. Anika era bobinha! E era a única menina que corria atrás de você!
— Estraga prazer! / argumenta Amir irritado. / Toda vez que você dizia que se casaria com ela, caso eu não casasse. Nunca ela aceitou! Isso indica que sou mais bonito que você! E para de me enchei a paciência e vai trabalhar!
— Está bem! Vou conhecer os novos estagiários!
— Não passe dos limites! / adverte Amir.
— Não se preocupe! Só vou conferir, se quem eu vi, não é realmente a Anika.
— Desde quando a Anika teria capacidade de entrar na faculdade de arquitetura? Lembra como era ruim na matemática? / justifica Amir.
— Mas, eu a ensinei! / explica Munís.
— Você tentou ensinar aquela burra! Ela não aprendeu nada! Continuou com notas baixas. Não sei como, nunca reprovou?! / comenta Amir intrigado.
— O professor aqui é bom! Sempre, eu a preparava para os exames finais de matemática.