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Baseado na Novela Turca: Será isso Amor
Anika Bellinay Simsek, se arrumou como quem fosse a um encontro. Fazia 10 anos que não via Amir Kenir Keskin, que ela tanto admirava.
Anika estava nervosa, e mil perguntas pairavam em seu pensamento. Será que ele a reconheceria? Ele sentiu minha falta, um só momento? Ele, ainda me odeia?
Se sentia uma criminosa vivendo nas sombras e visitando o seu padrinho, que ela tanto amava, só quando Amir estava fora do país. Só assim, podia se encontrar com o melhor amigo de seu pai, que a adotou como afilhada, depois que seu pai faleceu.
O Senhor Raif Keskin cuidou dela como uma filha. Entretanto, o filho Amir a odiava. Foi por causa dele que ela perdeu os benefícios. Ela estudava em um ótimo colégio particular.
O Senhor Raif, mantinha ela e sua mãe, com conforto num apartamento em um bairro bem localizado, próximo de tudo. Para elas, o senhor Raif não deixa faltar nada. Sempre eram bem recebidas na mansão Keskin.
Contudo, o destino não foi favorável. Assim que Amir começou a trabalhar na Construtora de seu pai, começou a cortar os benefícios. O pior foi que seu padrinho adoeceu, e Amir assumiu o controle total de toda empresa, e das lojas da família. Despejando mãe e filha do apartamento, que o senhor Raif havia dado, só que não passou a escritura.
Sem dó nem piedade, Amir Kenir mandou elas embora, fechando as portas da mansão, impedindo o contato com o seu padrinho. Foram 2 anos em total pobreza. Até que o senhor Ozan Sari, a pedido de seu padrinho, conseguiu encontrá-las, fugindo de agiotas.
Então, todo esse tempo Anika e a Mãe estão vivendo com uma nova identidade. Para não provocar a fúria de Amir, o senhor Raif, continuou protegendo sua afilhada às escondidas, só com pouco conforto.
Agora quem acompanhava seu desempenho e crescimento era o secretário de confiança do seu padrinho. O senhor Ozan, conseguiu bolsa de estudo, desde o ano que parou de estudar até a faculdade.
Agora no último ano, se candidatou a estagiária na Construtora Morada, da família Keskin. Era a mais renomada de Istambul, e estava oferecendo 5 vagas para estagiários de arquitetura e urbanismo. Ela mandou o currículo sem pretensão, depois passou nos testes, e ficou empolgada ao saber que foi selecionada para a entrevista.
Ela poderia tentar direto um emprego, pois tinha concluído todos os estágios exigidos pela faculdade, mas não exitou ao ver o anúncio no quadro informativo. Estava realmente querendo ver se Amir Kenir, havia mudado.
As revistas e jornais falavam muito bem do grande empresário com ótima visão para os negócios e de bom coração, que financiava bolsas de estudo para alunos competentes.
Diante do espelho, passou um pouco de maquiagem, pois não precisava mais ter vergonha do seu rosto, pois as sarda, manchas, sequelas das queimaduras e a cicatriz que tinha no queixo desde criança, tudo havia sumido, após as cirurgias.
O senhor Raif, assim que soube do estado delas, pagou cirurgias plásticas, e graças a sua bondade, elas conseguiram ter uma vida mais digna.
Agora moravam em um bairro próximo da faculdade, uma casa de classe média, doada pelo padrinho.
Portanto, Anika morava com a tia, irmã de seu pai. Sua mãe estava em tratamento, tinha problema grave de saúde devido ao incêndio. Para não ter problemas com os antigos causadores do incêndio na quitinete onde moravam.
O Senhor Ozan, registrou Anika como filha de sua tia, recebendo o sobrenome do tio.
Depois de muito tempo estaria diante de Amir Kenir, mesmo sabendo que era ele o causador de tanto sofrimento em sua vida, não conseguia odiá-lo por completo. Desde o dia que o conheceu, ele tem sido a imagem do homem mais bonito para ela, um verdadeiro príncipe de contos de fadas.
Os príncipes, nos contos, são bondosos. Amir, ao contrário, era um verdadeiro carrasco e imbecil. Ficava irritando ela e cometendo pura-maldades. A cicatriz que tinha no queixo, foi causada por ele, quando ela tinha 6 anos, ele a empurrou quando ela foi dar um abraço no dia do seu aniversário. Fazendo ela se desequilibrar, batendo na mesa, e derrubando o vaso de vidro com flores. Anika caiu no chão por cima do vaso, cortando profundamente o seu queixo.
Cresceu convivendo com ele, e sendo desprezada. Na escola, fugia dela. Dizia que não queria ficar perto de uma enferrujada e pobre como ela. Mesmo assim, Anika morria de ciúmes, quando ele estava com suas colegas de classe.
Ele a olhava fazendo pouco caso. Fingia que não aconhecia. Essas eram as lembranças.
Quando a secretária do setor de recrutamento pediu para segui-la. Anika mais 2 universitárias e 2 universitários se levantaram prontamente das poltronas da recepção. Entraram pela porta principal da empresa, entrando no elevador interno, subiram para o último andar, onde ficava o setor dos grandes projetos e o administrativo, e é claro a presidência.
A encarregada pelo recrutamento, apresentou eles nos setores por onde passavam, mas não entraram na sala do vice-diretor, pois esse estava ausente no momento. Então seguiram para a sala do presidente da empresa.
A mulher de 40 anos, alinhadamente vestida, bateu na porta e educadamente entrou, após uns 3 minutos saiu orientando eles, deveriam entrar e ficar um ao lado do outro, na frente da mesa do presidente, e falar só o necessário. Caso o presidente fizesse perguntas, que fossem objetivos e diretos ao responder.
Para Amir Kenir, foram entregues as fichas de 5 selecionados, só ele poderia dar a aprovação, gostava de conhecer bem os funcionários.
E caso um não lhe agradasse, seria imediatamente excluído, mesmo que este tivesse passado pelos testes.
Amir estava com as fichas nas mão e seguia a entrada de cada um dos candidatos. Quando Anika entrou, seus olhos ficaram fixos nela, a jovem universitária fez o seu coração palpitar aceleradamente. Sem demonstrar, respirou profundamente.
Aquela jovem fazia ele lembrar da ‘pestinha’, que foi uma pedra em seu sapato na sua adolescência. Com rapidez revirou as fichas procurando pelo nome da “ferrugem”. Ele lembrava muito bem do nome do estorvo que insistia em ficar ao seu lado, mesmo ele a ignorando.
Ficou confuso, e foi falando o nome de cada um para se apresentarem, fez as perguntas corriqueiras para cada um que se apresentava. Até que chegou a vez dela.
– Enir Melissa Aydin?
Anika se inclinou para frente e ao levantar o tronco novamente respondeu.
– Bom dia, Sr. KesKin.
Amir ficou ainda confuso, a voz não era familiar.
– Poderia chegar mais perto da mesa? – insistiu o presidente.
Ela deu 5 passos, ficando centímetros próxima da mesa dele.
Ele observou a jovem em todos os detalhes, percebeu que ela tremia e ficava esfregando lentamente as mãos, por nervosismo.
Claro que não poderia ser a mesma pessoa. Concluiu Amir, após ver a jovem de perto. Ela não tinha sardas, nem a cicatriz no queixo, e uma cicatriz como aquela, só sairia com uma cirurgia plástica. Pela ficha, o nome não era o mesmo, e era um ano mais nova que a pestinha. Realmente aquela “ferrugem” não poderia ter se tornado uma mulher tão bonita. Sua maquiagem leve, deixava evidenciar, que sua beleza não precisava daquele artificio. Pensou ele, mais aliviado, e seu coração se acalmou.
– Tem um ótimo currículo. Pretende se especializar em que área? – interrogou Amir, avaliando o currículo da jovem com atenção.
– Caso consiga bolsa, pretendo me especializar em Arquitetura sustentável, senhor Keskin.
– Fiquei admirado com suas notas, pode voltar ao seu lugar. – ele a observa com admiração.
– Obrigada, senhor Keskin.
Ela tremula, dá passos curtos e respira fundo, tentando evitar a tontura, e volta a ficar ao lado dos outros candidatos. Anika devido ao trauma do incêndio, quando nervosa pode chegar a desmaiar. Seu médico ensinou exercícios e receitou remédios para ela poder fazer as provas na escola, sem precisar passar mau. Sabendo que ficaria tensa, tomou o remédio antes de sair de casa.