Salva Pela Maldição – Cap 29

O Vestido

O Sr. Kim estava fora do carro, conversando no celular. Ao avistar o elevador se abrindo. Intuitivamente pensou ser a senhora Tomaselli. Quando ela saiu do elevador, de repente pensou ser engano. Mas quando a mulher de vestido preto, foi chegando mais próxima da porta, percebeu que sua intuição estava certa.

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Mas ela estava completamente mudada! O cabelo com um penteado, preso em coque e algumas madeixas caídas. O vestido não combinava com a Irene, que ele conhecia até então. Seus seios fartos estavam provocativos. Qualquer homem, mesmo de relance daria um jeito de apreciar o visual, uma quarentona que conservava traços da bela mulher que foi na sua juventude.

Assim que ela se aproximou, ele abriu a porta para ela, e ao sentar-se no banco, de onde ele estava pode ter uma visão melhor do decote. Provavelmente rubrizou naquele momento, enquanto ela se ajeitava. Fechou a porta com rapidez, não querendo que ela percebesse.

No carro, meio envergonhada, tentava disfarçar. Íris a acompanhou e ficou perto da janela dela.

— Não esqueça o que falei!? Não deixa escapar a chance! Essa noite pimba nele! Faz ele cair de quatro! Arrastar as asas por você!  Ouviu!?

O sr. Kim dá a partida no carro, fazendo Íris se afastar. No trajeto o Sr Kim faz uma observação.

— A senhora fica muito bem, com esse vestido!

— Foi a Íris, minha amiga que comprou! Ela escolheu! Eu não gostei muito dele! O vestido, foi pedido do Sr. Goon!

“Foi o que pensei!” – pensou o Sr. Kim, assim que ele a viu saindo do hotel.

— Mas ficou bem na senhora!

— Obrigada Sr Kim! – ela sorriu desajeitada.

O Sr Kim, parou o carro no mesmo lugar da noite anterior. Ao sair Irene olhou para a varanda, e na porta estava o secretário sorrindo.

“Como odeio esse sorriso!” pensou Irene irritada.

Ela foi subindo com a mão direita segurando a alça da pequena bolsa, emprestada da amiga. De uma maneira que seu braço cobria uma parte do decote do vestido. Mas não foi o suficiente, Jun de longe percebeu e não disfarçou.

O Sr. Kim viu que ele não tirou os olhos dos seios dela. Só ergueu a cabeça quando ela chegou perto. A conduziu para a sala. A mesa estava posta para o jantar, como na noite passada. Mas agora não era um buquê de flores. No lugar, havia uma caixa média com laçarotes chamativos. Jun a levou até a porta do quarto. Ela não hesitou em entrar. Estava ansiosa para saber se seria igual, e com medo que ele percebesse seu interesse.

Na mesma poltrona, lá estava ele usando um roupão preto. Meio caminho andado, não demoraria em tirar a roupa. Seu semblante estava diferente. Um ar malicioso, mesmo na penumbra, era possível de perceber no brilho de seus olhos.

Ela se aproximou mais, e a claridade vinda da porta aberta do banheiro, iluminou boa parte de seu corpo. Ficou visível o decote do vestido!

“Que visão! 20 pontos! Esses seios são merecedores de 10 a 20 pontos! Que pena que o restante não ajuda! Quer dizer, o bumbum também merece mais pontos! Só que o monstrinho deve pesar uns 20 quilos a mais! E esses 20 quilos a mais, para mim não serve!” pensava nisso quando ela o cumprimenta.

— Boa Noite!

— Podemos começar? Quer que eu tire a sua roupa, ou vai ser como ontem!?

Sua voz estava mais calma, ele não sentia a corrente elétrica. O elixir fez efeito. Estava com medo de que não tivesse o mesmo desempenho. Por isso suava frio.

Ela tirou o vestido com facilidade. Ele tirou o roupão, e se aproximou dela, pegando sua mão direita, para conduzi-la até a cama. Ao tocar na sua mão, um fogo intenso fez seu corpo estremecer de desejo.

“Como posso sentir tudo isso por essa mulher?! Tantas mulheres gostosas, e nada do ator principal atuar! E nesse monstrinho, mal toco, e o meu sangue ferve!”

— Ficou muito apressado ontem! Quer que eu mude algo? – pergunta Goon tentando manter a calma.

— Pode ser como ontem! Apenas não rasgue minha lingerie!

— Desculpe! Não farei isso!

— Também não precisa me pegar no colo e jogar na cama! Deitar-me-ei sozinha! – ela foi para debaixo do lençol, e tirou as peças íntimas. Cobriu o seu corpo até o pescoço.

Desde a hora que tocou nela, o desejo só crescia. Goon se deitou e foi invadindo o espaço dela na cama. Não demorou muito para gemidos ecoarem pela casa.

Jun não fez questão de ficar na sala, foi para longe e encontrou o Sr. Kim sentado em uma das mesas próximas da piscina.

— Vai começar tudo de novo! Será que vai durar duas horas como ontem!?

— Sr Won, não estou preocupado com isso! – o Sr. Kim mexe no seu celular e coloca os fones. De vez em quando falava baixinho. Jun faz sinal para ele tirar os fones.

— O que foi Sr Won?

— O que está ouvindo?

— Estou estudando! As expressões das gírias brasileiras! Quero entender melhor, o que aquela louca falou!

— Que louca?

— A amiga da senhora Tomaselli. Ela falou algo que eu não compreendi! Mas pretendo saber o que foi!

Depois de 3 horas. Jun foi chamado.

— Pode ficar nesse quarto e usar o banheiro! Eu vou para o outro quarto! – sem mais nada a dizer, Goon sumiu como da outra vez.

Irene se sentiu um objeto descartável. Que depois do uso, não tem valor! Repetiu o ritual. Tomou banho e se arrumou, colocando o vestido facilmente como tirou. Nisso Íris estava certa. Pegou sua bolsa para ir embora. Ao sair do quarto, Jun estava na sala sorridente, como na entrada.

— Sra. Tomaselli, o Sr. Choi me pediu para entregar isso! – era a caixa de laçarote chamativo. Ela pegou, e olhou para a mesa posta.

— Fui convidada para jantar! E ontem eu não jantei! Hoje estou com fome!

O secretário não conseguiu controlar a mulher esfomeada, que sentou à mesa e foi se servindo de tudo que aos seus olhos, parecia ser saboroso. Estava quase terminando, quando Goon vinha do seu quarto. Estava preste a sair do corredor.

Quando observou a cena. A monstrinho sentada à mesa, e Jun em pé ao seu lado, ajudando a se servir. Ele volta e se esconde atrás, da porta do primeiro quarto. Onde esteve com ela. Faz sinal para Jun. Que ao vê-lo, disfarçadamente pede licença e vai atender o primo.

— O que ela está fazendo?

— Jantando!

— Como assim!? É para ela ir embora!

— Como eu falei! Você a convidou para jantar! E ela não jantou ontem! Hoje ela está com fome! E está comendo!

— Pobre é igual em qualquer lugar! Só pensa em comida!

— Mas hoje durou 3 horas! Na certa, ela deve estar com fome!  

— Eu também estou com fome!

— Então! Porque não se senta a mesa?!

— Deus me livre! Não quero ficar mais próximo dela! Já chega que tenho que aturar mais 5 noites!

— Como você é ingrato!?

— Ingrato uma ova! Ela está sendo bem paga! Espero que não acabe com toda comida! Eu vou ficar no meu quarto! Assim que ela for embora, me avise!        

Professora de Arte Pós-Graduada. Nascida em Joinville. Signo: Libra