Lucynera – Epílogo

Esta é uma história de Beru Jackpot.

Sinopse:

Nera acreditava que a guerra era destinada aos bravos e sem esperança, mas nunca às crianças. Mulher bonita em meio ao combate que fora por opção dela participar, tinha em sua vida o bater de lâminas, o encandecer de magias, o sangue a avermelhar a terra.

Tudo aquilo que a acompanhava tinha sido sua própria escolha, se tornar um ser que ama matar, que ama a insanidade, o poder que reinara e sempre reinará dentro dela.

Mas essa história não é de redenção, um pouco de vingança, mas por completo cumprir uma promessa feita ao seu amado. O passado sempre cobra e sempre irá cobrar por seus erros, essa dívida pode ser destinada a você mas algumas ocasiões se destina a sua família e a todos que você ama.

Nera é a última remanescente de sua raça neste mundo, essa é sua herança maldita, mas nada disso a impede de ter uma índole boa, mesmo no seu nível ela repudia a escravidão e tenta a todo custo ajudar todos os que precisam, o seu passado tem marcas em seu corpo que nunca serão apagadas, nem mesmo por sua armadura negra e sua mordaça.

Epílogo

epílogo

Carta para o Vita:

Caro amigo, eles estão suspeitando de sua partida aqui na capital, por isso, me desculpe se ocasionalmente parar de enviar as cartas. Aos poucos, estou descobrindo sobre os experimentos feitos no subsolo do castelo.

Recebi, por meio de um guarda real, informações de que tem ocorrido vários desaparecimentos nas vilas do norte, sul e leste. Alguns teorizam que possa ser uma epidemia ou um guerra interna, mas eu sei que as pessoas estão sendo jogadas nos laboratórios dela.

Desculpe não poder ver sua filha agora, pelas minhas contas, ela já deve ter 2 anos, mas espero que você esteja feliz com sua vida.

Porém, tenha muito cuidado, pois alguns aristocratas teorizam que sua partida ocasionou várias disputas em vilas de caçadores próximas ao reino.

Espero que sua esposa já tenha melhorado do ferimento do abdômen, mas voltando ao assunto, eles estão com medo de uma revolta do povo por sua causa. Estou tentando manter a calma e apaziguar ambos os lados. Ainda mais, uma das concubinas vai dar a luz a um herdeiro um primogênito, o rei disse em festa que o nome vai ser Yona o mais sábio de todos, muitas raças vieram para festa como os toupeiras, alguns humanos, elfos e os leonios, menos a raça de sua esposa os lobinios.

Mas adeus amigo, espero que sua vida tenha um futuro lindo e próspero com sua família, tentarei manter eles o mais longe possível de vocês, de seu amigo Oliver.

Pronto, agora vamos mandar para eles.

  Em sua torre, Oliver se levantou da cadeira pegou a vela que o iluminava naquela noite fria no reino Brak, levando em sua outra mão a carta encaminhada para o seu irmão mais velho, em passos lentos e calmos foi até a janela que dava aos seus olhos um vislumbre do castelo.

Todas as luzes estavam apagadas, por isso, ninguém o veria mandando aquela carta, pois os guardas lá embaixo faziam sua ronda de costume. Deixou a vela no batente da janela, levou a mão livre até a boca e puxou o ar para o assobio. Se passaram 15 minutos e ninguém veio a seu quarto. Um pouco depois, outro assobio, que veio da floresta de fora do castelo. Era o seu querido companheiro Banut, uma ave que corta o céus em uma velocidade incrível. Essa era a habilidade de Oliver: ter um laço muito precioso com os animais e outros seres. Banut, com suas plumas  acinzentadas, foi em direção a torre. Aquela noite guardava em seu âmago uma tempestade, trovões que rugiam e iluminavam os céus como garras.

Seria uma viagem difícil para ele, contudo, teria êxito em sua missão.

epílogo

Ao chegar na janela de seu mestre, o mesmo entregou a carta. O destino foi falado em sílabas que só animais entendem. A carta deveria chegar a vila de Vranbu ao noroeste da capital, cercada por uma floresta densa com árvores frutíferas, onde bem ao fundo da vegetação há uma casa de madeira. Depois daquilo, a carta seria entregue.

No horizonte, Oliver viu seu caro amigo sair num rasante que parecia rasgar o céu. No mesmo instante, uma lágrima desceu pelo seu rosto pois sabia que sua vida já estava pelo fim. Porém, dali a alguns anos existiria um ser que destruiria aquele reinado e traria a paz todos os seres nem que fosse pelo mal, pelo sangue, esse era seu destino.

– Espero que a espada do Vita aceite – as lágrimas já estavam por parar, por isso, ele levantou a cabeça e olhou para a lua prateada que nunca irá sumir. O sorriso vence a tristeza assim como a escuridão nublada do céu se torna limpa novamente.

Fim do epílogo… aguarde os novos capítulos.