O Vestido
O Sr. Kim estava fora do carro, conversando no celular. Ao avistar o elevador se abrindo. Intuitivamente pensou ser a senhora Tomaselli. Quando ela saiu do elevador, de repente pensou ser engano. Mas quando a mulher de vestido preto, foi chegando mais próxima da porta, percebeu que sua intuição estava certa.
Mas ela estava completamente mudada! O cabelo com um penteado, preso em coque e algumas madeixas caídas. O vestido não combinava com a Irene, que ele conhecia até então. Seus seios fartos estavam provocativos. Qualquer homem, mesmo de relance daria um jeito de apreciar o visual, uma quarentona que conservava traços da bela mulher que foi na sua juventude.
Assim que ela se aproximou, ele abriu a porta para ela, e ao sentar-se no banco, de onde ele estava pode ter uma visão melhor do decote. Provavelmente rubrizou naquele momento, enquanto ela se ajeitava. Fechou a porta com rapidez, não querendo que ela percebesse.
No carro, meio envergonhada, tentava disfarçar. Íris a acompanhou e ficou perto da janela dela.
— Não esqueça o que falei!? Não deixa escapar a chance! Essa noite pimba nele! Faz ele cair de quatro! Arrastar as asas por você! Ouviu!?
O sr. Kim dá a partida no carro, fazendo Íris se afastar. No trajeto o Sr Kim faz uma observação.
— A senhora fica muito bem, com esse vestido!
— Foi a Íris, minha amiga que comprou! Ela escolheu! Eu não gostei muito dele! O vestido, foi pedido do Sr. Goon!
“Foi o que pensei!” – pensou o Sr. Kim, assim que ele a viu saindo do hotel.
— Mas ficou bem na senhora!
— Obrigada Sr Kim! – ela sorriu desajeitada.
O Sr Kim, parou o carro no mesmo lugar da noite anterior. Ao sair Irene olhou para a varanda, e na porta estava o secretário sorrindo.
“Como odeio esse sorriso!” pensou Irene irritada.
Ela foi subindo com a mão direita segurando a alça da pequena bolsa, emprestada da amiga. De uma maneira que seu braço cobria uma parte do decote do vestido. Mas não foi o suficiente, Jun de longe percebeu e não disfarçou.
O Sr. Kim viu que ele não tirou os olhos dos seios dela. Só ergueu a cabeça quando ela chegou perto. A conduziu para a sala. A mesa estava posta para o jantar, como na noite passada. Mas agora não era um buquê de flores. No lugar, havia uma caixa média com laçarotes chamativos. Jun a levou até a porta do quarto. Ela não hesitou em entrar. Estava ansiosa para saber se seria igual, e com medo que ele percebesse seu interesse.
Na mesma poltrona, lá estava ele usando um roupão preto. Meio caminho andado, não demoraria em tirar a roupa. Seu semblante estava diferente. Um ar malicioso, mesmo na penumbra, era possível de perceber no brilho de seus olhos.
Ela se aproximou mais, e a claridade vinda da porta aberta do banheiro, iluminou boa parte de seu corpo. Ficou visível o decote do vestido!
“Que visão! 20 pontos! Esses seios são merecedores de 10 a 20 pontos! Que pena que o restante não ajuda! Quer dizer, o bumbum também merece mais pontos! Só que o monstrinho deve pesar uns 20 quilos a mais! E esses 20 quilos a mais, para mim não serve!” pensava nisso quando ela o cumprimenta.
— Boa Noite!
— Podemos começar? Quer que eu tire a sua roupa, ou vai ser como ontem!?
Sua voz estava mais calma, ele não sentia a corrente elétrica. O elixir fez efeito. Estava com medo de que não tivesse o mesmo desempenho. Por isso suava frio.
Ela tirou o vestido com facilidade. Ele tirou o roupão, e se aproximou dela, pegando sua mão direita, para conduzi-la até a cama. Ao tocar na sua mão, um fogo intenso fez seu corpo estremecer de desejo.
“Como posso sentir tudo isso por essa mulher?! Tantas mulheres gostosas, e nada do ator principal atuar! E nesse monstrinho, mal toco, e o meu sangue ferve!”
— Ficou muito apressado ontem! Quer que eu mude algo? – pergunta Goon tentando manter a calma.
— Pode ser como ontem! Apenas não rasgue minha lingerie!
— Desculpe! Não farei isso!
— Também não precisa me pegar no colo e jogar na cama! Deitar-me-ei sozinha! – ela foi para debaixo do lençol, e tirou as peças íntimas. Cobriu o seu corpo até o pescoço.
Desde a hora que tocou nela, o desejo só crescia. Goon se deitou e foi invadindo o espaço dela na cama. Não demorou muito para gemidos ecoarem pela casa.
Jun não fez questão de ficar na sala, foi para longe e encontrou o Sr. Kim sentado em uma das mesas próximas da piscina.
— Vai começar tudo de novo! Será que vai durar duas horas como ontem!?
— Sr Won, não estou preocupado com isso! – o Sr. Kim mexe no seu celular e coloca os fones. De vez em quando falava baixinho. Jun faz sinal para ele tirar os fones.
— O que foi Sr Won?
— O que está ouvindo?
— Estou estudando! As expressões das gírias brasileiras! Quero entender melhor, o que aquela louca falou!
— Que louca?
— A amiga da senhora Tomaselli. Ela falou algo que eu não compreendi! Mas pretendo saber o que foi!
Depois de 3 horas. Jun foi chamado.
— Pode ficar nesse quarto e usar o banheiro! Eu vou para o outro quarto! – sem mais nada a dizer, Goon sumiu como da outra vez.
Irene se sentiu um objeto descartável. Que depois do uso, não tem valor! Repetiu o ritual. Tomou banho e se arrumou, colocando o vestido facilmente como tirou. Nisso Íris estava certa. Pegou sua bolsa para ir embora. Ao sair do quarto, Jun estava na sala sorridente, como na entrada.
— Sra. Tomaselli, o Sr. Choi me pediu para entregar isso! – era a caixa de laçarote chamativo. Ela pegou, e olhou para a mesa posta.
— Fui convidada para jantar! E ontem eu não jantei! Hoje estou com fome!
O secretário não conseguiu controlar a mulher esfomeada, que sentou à mesa e foi se servindo de tudo que aos seus olhos, parecia ser saboroso. Estava quase terminando, quando Goon vinha do seu quarto. Estava preste a sair do corredor.
Quando observou a cena. A monstrinho sentada à mesa, e Jun em pé ao seu lado, ajudando a se servir. Ele volta e se esconde atrás, da porta do primeiro quarto. Onde esteve com ela. Faz sinal para Jun. Que ao vê-lo, disfarçadamente pede licença e vai atender o primo.
— O que ela está fazendo?
— Jantando!
— Como assim!? É para ela ir embora!
— Como eu falei! Você a convidou para jantar! E ela não jantou ontem! Hoje ela está com fome! E está comendo!
— Pobre é igual em qualquer lugar! Só pensa em comida!
— Mas hoje durou 3 horas! Na certa, ela deve estar com fome!
— Eu também estou com fome!
— Então! Porque não se senta a mesa?!
— Deus me livre! Não quero ficar mais próximo dela! Já chega que tenho que aturar mais 5 noites!
— Como você é ingrato!?
— Ingrato uma ova! Ela está sendo bem paga! Espero que não acabe com toda comida! Eu vou ficar no meu quarto! Assim que ela for embora, me avise!