Capítulo 4 – Café
No dia seguinte enquanto tomavam café, Goon fica insatisfeito e reclama.
— Olha pai, tem que reclamar com isso aqui, não é um café da manhã que se apresente! Está faltando muita coisa, para ser digno de ser chamado, de “O Café da Manhã“.
O pai olha com cara de pouco caso e argumenta.
— Sim, eu tenho que reclamar? Sou eu por acaso, o presidente da Rede de Hotéis Choi? Cabeça oca!
Intrigado, Goon olha para o pai e franze a testa. (Caiu a ficha).
— Ah! Então tenho que reclamar! Não é um excelente café da manhã, por isso, pegarei pesado!
O pai balança a cabeça inconformado e respira fundo antes de repreender o filho.
— Quando vai levar a sério o seu trabalho? Olha em volta! Esse não é um hotel 5 estrelas, nessa região ainda não há necessidade de um hotel luxuoso! O café corresponde, com o padrão do hotel! Preste mais atenção nas coisas!
O senhor Choi faz gestos mostrando o ambiente do hotel e depois dá um cascudo de leve no caçula.
— Filho, você precisa ser mais profissional!
— Ah, poderia pelo menos melhorar esses pães, olha só como estão com cara de ontem!
Goon fala se esquivando do cascudo do pai.
— Moleque! Em vez de reclamar vai, fazer algo para melhorar o atendimento! Se está assim é porque o responsável pelo setor não é competente!
— Ah, pai para de me dar sermão logo cedo!
Então, fica de cara emburrada e começa a se servir com o que tem na mesa.
— Então coma e não reclame! Quando chegar em Seul, faça o teu serviço.
O caçula ficou quieto, mas ocasionalmente entortava o canto da boca, demonstrado insatisfação com os alimentos que estava comendo no seu café da manhã.
Joon se aproxima falando ao celular. Depois de um tempo, se senta junto a mesa e fala o que resolveu.
— Pronto, já resolvi, aluguei um carro e marquei o horário, ele vai nos atender. Abrirá uma exceção. Disse ele que está meio adoentado.
Fala disfarçando que não sabe de nada.
— Por que não pegamos um táxi como ontem? – pergunta o pai.
— Ah não, pegamos um carro do hotel mesmo! – reclama Goon.
— Nada de aparecer, pois precisamos ser discretos. – justifica o pai.
— Sim, só pobre anda de táxi? – resmunga o caçula.
O pai dá um muxoxo demonstrado que está irritado, Goon fica com medo da reação e afasta a cadeira para longe do seu alcance.
— Vamos de carro, já me informei, é uma região rural, não vamos conseguir táxi de volta, e não tem previsão de quanto tempo vai demorar a consulta. – fala joon querendo apaziguar a situação.
— Então está bem!
Em seguida, o pai ergue o dedo apontando para Goon. Era costume do pai sacudir o dedo diante deles, como isso fosse garantir a obediência dos filhos.
— E nada de ironia e de invocar com o homem, como fez com o outro Xamã. – fala senhor Choi irritado. E deixe eu negociar as coisas. Você só obedece! Ouviu?
No entanto, Goon faz pouco caso e resmunga.
— Não vou ficar ganhando olhares maliciosos de boca calada. Reclamarei sim!
Goon gostava de desafiar seu pai.
— Vamos amanhã bem cedo, para ir sem pressa, e voltarmos com calma. – comenta Joon.
— Por que tão cedo? – Mesmo irritado com Goon, o pai consegue perguntar com calma para Joon.
— Fica longe pai! – responde Joon atento.
— Como você sabe? – pergunta o pai curioso.
Joon mostra para o pai, no celular, o mapa marcando o percurso que tem que ser feito.
— Uh! Então… graças a essa tecnologia podemos nos preparar para uma boa viagem. – fala o senhor Choi surpreso.
— Não é tão longe assim também! Tá aqui oh, 55min, são apenas 56,6 km.
(Mostra Goon no celular dele o percurso que ele buscou, assim que viu o endereço no celular do irmão).
— Mas, é um bom pedaço de chão! Levarei um lanche e uma térmica com água quente para fazer chá.
— É, é isso né! Coisa de velho provinciano! Arrumando lanche! Ora, ora não tem comércio pelo caminho! Vou te mostrar! Onde está o seu celular? Têm aplicativos para achar o que você quiser comprar. Duvido, que até lá, não vai, ter um local de qualidade, para tomar um chá feito na hora. – comenta Goon pegando o celular do pai.
Enquanto fala, Goon busca um comércio de qualidade para fazerem um lanche matinal.
— O Goon está certo, ontem andei pela região olhando o terreno à venda e vi vários estabelecimentos comerciais.
— Olha aqui! Já achei onde lancharemos amanhã, olha o nome do local “Cantinho do Oppa”, tem de tudo para lhe agradar: lanches, bebidas artesanais, souvenir, etc. E o local é bem bonito, ‘por sinal’.
— Cantinho do Oppa? Isso é coisa mulher!
— Claro! Mas, o Oppa aqui dará o ar da sua graça, e enriquecer o local com sua beleza. – Goon fala fazendo pose.
Em seguida, Joon balança a cabeça, rindo do irmão e comenta.
— Pensei que a febre de ser galã já havia passado? – diz Joon rindo do irmão.
— Uma vez galã, sempre galã! – fala Goon com entonação sensual.
— Esse moleque não tem jeito! – o pai levanta da cadeira reclamando.
Nesse momento, Yang Myn, a ex-esposa de Goon, está sentada em cima da mesa ao lado, desejando muito comer hoddeok, que Goon está provando. O desejo é tanto que os 3 que ele pega, caem no chão.