Salva Pela Maldição – Cap. 8 – O início da Viagem

Capítulo 8 – O início da viagem

Quando Goon chegou na sala de jantar,  todos já estavam sentados e se servindo.

Então, vendo seu filho, Goon foi até o rapaz e o abraçou, apertou o garoto,  e este ficou sem entender.

– O pai tem sido desatencioso todo esse tempo. – disse Goon, sentando-se ao lado do filho.

Em seguida, o rapaz deu um sorriso amarelo para todos que observavam a cena comovidos.

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– Deixei os seus presentes no seu quarto. Espero que goste.

O garoto tinha apenas 10 anos, mas sempre fora um ótimo aluno.

Fazia vários cursos, entretanto o que ele gostava mesmo era de jogos de computação, não só para jogar e sim criar também.

Ele sozinho conseguiu desenvolver um jogo. Nunca mostrou para ninguém, pois era muito tímido. Depois da morte da mãe se isolou ainda mais.

Assim, passava mais tempo no seu quarto, saindo apenas para aulas particulares e para a escola normal.

Seus finais de semana eram na frente do videogames e somente quando sua irmã vinha ficar 3 meses com a família Choi, é que saia do quarto para cuidar da meia-irmã.

A menina era desastrada e aprontava na mansão.

Aquela demostração de afeto do pai, estava lhe assustando, pois não era normal.

Sabia que seu pai não batia bem da cabeça uma vez que sempre ouviu do seu avô esse comentário. Não ligava, pois supunha ser o normal dele. Mas agora, pensou que ele havia pirado de vez.

– Vou fazer uma viagem, vou para vários  países. Então, faça uma lista do que quer ganhar de presente e inclua presentes para sua irmã também.

– O Senhor vai viajar de novo para ver um médico?

– Não, eu já estou curado!

– Tem certeza pai? Não está pior que antes? O senhor está esquisito! Tem doença que causa mudança de humor, não vai continuar a sua terapia?

– Para quê? Eu já descobrir a causa da minha doença. É só por causa…

–  Vamos ter um jantar em paz, nada de falar coisas desagradáveis! Né desmiolado!? – Sr. Choi interrompeu, antes de Goon maldissesse da mãe do garoto, e faz  carreta para o Filho, que franziu a testa mostrando que não gostou de ser interrompido.

– Não iria falar o que está pensando, julga que sou imaturo? – retrucou Goon.

– Só para garantir!

Em seguida, os dois ficam fazendo caretas um para o outro.

– Não sei qual dos dois  é mais criança?- argumenta Joon irritado (na verdade, era um pouco de ciúmes, Goon era sempre o centro da atenção de seu pai)

– Por que não se em incomoda com teu nariz!? – Praticamente Goon e o pai falaram  juntos, respondendo a Joon.

– É parece que as coisas voltaram ao normal. – fala  Sun Yung, conformada.

– Continuamos  tendo na família,  dois bobos da corte.- em seguida, completa a Avó, alegre com a situação.

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Dois dias depois o Sr. Choi Goon estava no escritório do pai fazendo o seu roteiro para a viagem.

Sentindo fome, chamou uma empregada e pediu para ela servir uma xícara de café com bolo.

Em seguida, a empregada, vindo pelo corredo,r começou se sentir mal, ao entrar no escritório, Goon percebeu algo diferente nela, ela colocou a bandeja no balcão atrás dele, serviu o café e ficou atrás novamente para cortar o bolo e colocar no prato para servi-lo.

Mas, pega a faca que não era apropriada para aquele serviço, a faca que tinha na mão era específica para cortar carne.

Ela ergueu  a mão numa altura que um golpe nas costas dele seria certeiro.

Então, ele se virou para olhar por curiosidade, com o susto que teve, pulou com cadeira e tudo para longe dela se afastando da mesa, a cadeira giratória  correu como ele até ser parada pela poltrona mais próxima.

viagem

– Por que está segurando essa faca assim? O que pretende com ela? – a empregada, como quem acorda no meio da noite, sem entender o que estava acontecendo. Largou a faca assustada.  Reverenciou o patrão várias vezes em pedido de desculpas.

– Não sei senhor, me desculpa, me desculpa. Estava distraída pensando em outra coisa. – com cara  de culpada, gritou consigo mesma.” Eu não posso fazer isso”.

– Fazer o quê?

– Nada, senhor!

– Não pode me servir o bolo?

– Não é isso senhor, estou ficando louca! – começou a chorar desesperada. – Talvez o senhor não acredite em mim. Mas, estou ouvindo vozes falando no meu ouvido e essas vozes estão me enlouquecendo. – Ela tapou os ouvidos e saiu correndo pelo corredor até chegar na cozinha e se encolhe num canto, assustando as outras empregadas que estavam no local.

o ataque da empregada, antes da viagem

O fantasma de Yan min estava sentado no balcão ao lado do bolo. Desde que ouviu Goon pedir algo para comer, se agarrou na empregada.

Foi ela que a induziu a pegar a faca de carne e trazer o bolo inteiro para o escritório. Falando várias vezes no ouvido da pobre coitada para apunhalar Goon pelas costas.

Com o fato presenciado, Goon não teve dúvida que sua ex estava perturbando o seu lar. Os amuletos eram algo pessoal, servia para proteger o seu quarto e seu corpo. 

Isso não a impediu de ficar rodeando ele pela casa. Então, aquilo era prova de que tinha que fazer logo o que o Xamã lhe instruiu.

Naquela tarde mesmo, Goon se arrumou e foi ao cemitério. Tinha que levar o amuleto que o Xamã o instruiu a colocar no local de descanso da falecida.

Diante dos seus restos mortais, falou com sua inimiga.

No cemitério, antes da viagem

– Sua sem vergonha! Depois de morta ainda fica me ameaçando com faca? Ainda não perdeu o costume? Não basta o que me fez em vida, ainda quer me matar? Vou dar um jeito e é agora. Fica aqui onde é o seu lugar e me deixe em paz sua maluca! Quero mais que vá para o inferno!

Depois de praguejar pra sua ex, já falecida, Goon colocou o amuleto bem dobrado, escondido em um pequeno vaso de flores de cerejeiras artificiais. Objeto este que ficava dentro no armário funerário.  Saiu como quem dá uma lição, uma punição para alguém que merece.

Nesse momento, Yan Min que estava na sala de música vendo seu filho tendo aulas de piano, é puxada por uma força incontrolável. E logo percebe que, está no cemitério.

Em seguida, ela vê  Goon saindo da frente dos seus restos mortais.

“O que esse idiota está fazendo aqui? Boa coisa não deve ser?”, pensou.

Ela vê ele dar um tchauzinho todo contente e zombeteiro.

Correu atrás dele mas Goon entrou na Ferrari vermelha que ganhou do ex sogro, por fazer um favor a família.

No dia do acidente, o corpo de Yan Min, inconsciente foi colocado na parte de trás do carro e confirmou aos policiais e  a imprensa, que quem morreu no acidente era o motorista de sua esposa.

Por isso o sogro entendeu quando Goon não quis a guarda da menina, ficando apenas com rapaz. Pela vontade do avô a pequena Yuna passava 3 meses na mansão para não perder o vínculo com o meio-irmão.

Por mais que tentasse, não consegui sair do cemitério. Em seguida, pensou em todos os lugares que frequentava como morta, e nada adiantava. “O que aquele idiota fez, fez bem feito”. Prendeu ela naquele lugar.

O início da viagem – Três semanas depois…

Joon estava na empresa e tinha na sua mesa pilhas de notas, claro que não era o seu serviço aquele, mas como o problema do setor de contabilidade era do seu irmão, não poderia fechar os olhos.

Com o celular na mão tentava a mais de uma hora localizar Goon.

– Finalmente! Onde você se meteu? Por que  não atende o telefone? Já estou quase uma hora te ligando!

O som no telefone é de um bocejo.

a viagem de goon

– Estou no hotel, onde mais que você queria que eu estivesse a essa hora!? São 6 horas da manhã! Nem você acorda a essa hora!? – mais um bocejo. – O que você quer de tão importante, aconteceu algo de ruim com alguém lá em casa? Algum conhecido morreu?

– Até agora não. Mas, vai morrer assim que eu colocar a mão no seu pescoço!

– Por quê? O que eu fiz de errado agora?

– Só você não, o imbecil que levou junto também! – mais um som de bocejo vindo  do celular.

– E aí o que foi? Fala logo que eu quero voltar a dormir. Não lembrou do fuso horário!?

–  Estou com uma pilha de notas que chegaram, compras e pagamentos do cartão de crédito da empresa. Vocês dois em menos de 3 semanas estouram os limites dos 2 cartões dados a vocês, coisas que nossos representantes não fazem.

Joon esbravejava, enquanto Goon bocejava displicentemente.

– O setor de contabilidade pediu para especificarem as compras e gastos. – Continuou Joon – O que nós conversamos antes de sua viagem?!  Você concordou em seguir as regras da empresa!  Não foi isso? Na certa está num hotel, 5 estrelas?!

– Claro! Um homem como eu, tem um  padrão a seguir! Não quer que eu fique em uma espelunca!?

– Hotéis de 3 estrelas têm um bom padrão para você, não vejo  nada de errado ficar em hotel assim. A maioria dos nossos representantes ficam em hotéis 2 estrelas.

– Tá ficando louco, quer que eu baixe o meu nível!?

– E essa lagosta? Por que tão cara? É de ouro por acaso?- Joon no escritório andava de um lado para o outro segurando os papéis.

– Não sabe que estou na França?!  É cara assim porque as lagostas francesas são frescas! Entendeu? França, fresca, frescura. – Goon começa a rir  no celular.

– Não gostei da piadinha! Então, estou cortando os cartões de vocês.

– Ah! Espera! Eu te liguei várias vezes semana passada avisando sobre as compras extras da viagem, você que não me atendeu! Agora sou culpado1?

– Quando ligou?

– Final de semana que passou.

– Uh! Eu perdi o celular, foi isso! Mas, mesmo assim, não é desculpa. Iria me avisar que comeu uma lagosta fresca!?

Goon riu do outro lado. Desde que iniciou a viagem, seu humor parecia bem diferente. Voltara a ser o bon vivant.

– Depois eu não posso fazer piadinhas!?  Como perdeu o celular?

– Estava andando de barco com uns executivos e caiu no mar. Fiquei super chateado com isso. Ainda bem que consegui recuperar a maioria dos meus arquivos. E você por que se hospedou  em um hotel tão caro e está comendo em lugares de alto padrão, se eu ouvi o Xamã, ele disse que a sua salvadora é pobre!? Pobre ouviu?

– Sim, nesses lugares  não tem empregados pobres que trabalham neles? Pois pode ser uma atendente, uma arrumadeira, uma cozinheira.

– Lugares assim exigem pessoas com estudos e excelente currículo, a sua pobretona não deve ter esse padrão! Amanhã vai para um hotel 3 estrelas e passe a comer em restaurantes simples, se quer os cartões de volta. Caso contrário use o seu cartão pessoal para cobrir suas despesas de viagem. 

– Vou falar com pai sobre isso!

– Eu já falei com o pai, e ele concordou comigo.

– Também fazendo a minha caveira!  Nem foi tanto assim os gastos! E uma viagem como essa é cara.  

– Se quiser comer lagosta fresca pague com o seu cartão. Você é mais  rico que eu, que trabalho tanto! Todo esse tempo o pai tem te sustentado e ganhou muito bens do seu ex sogro.  E ainda quer mamar na teta da empresa sem mostrar serviço? Trabalha! Ainda não mandou nem um relatório sobre os contatos com as empresas francesas! Se é que tem feito contato?!

– Claro que sim! Nos restaurantes  fui oferecer nossos produtos.

– Suas ofertas não precisam ser feitas na hora do almoço ou do jantar. Ofereça nos grandes supermercados. Empresas que vão comprar com abundância. Use sua cabeça para pensar, ela não é só enfeite para o seu pescoço!

– Engraçadinho. Pelo menos o meu pescoço é mais enfeitado do que o seu. Seu rosto não  é tão belo como o meu!

– Deixa você voltar dessa viagem, quando te pegar, quero ver se sua cara vai ficar bonita.

– Eu também estou com saudades querido irmão! Mas vou deligando, beijos. 

Joon após seu irmão desligar, ficou pensativo. ” Era melhor assim, desde que não se metesse em confusões maiores.

Aquela viagem, fez Goon ganhar ânimo para viver sua vida como era antes do acidente. Agora, precisava conhecer alguém que tocasse no seu coração e conseguisse despertar o, líbido”.

Professora de Arte Pós-Graduada. Nascida em Joinville. Signo: Libra