Salva Pela Maldição – Cap 9 – Viagem ao Brasil

Capítulo 9 – Viagem ao Brasil

Goon e seu primo estavam no quarto de um hotel 3 estrelas londrino, mas estavam entediados, uma vez que este hotel não oferecia tanto conforto e opções de lazer.

Só havia uma mesa de sinuca que todas às vezes que desciam para jogar já havia duplas jogando e outras na espera.

Então, para se distrair, Goon passou a ler revistas de assuntos financeitos. Estava nessa atividade há horas, quando Goon viu uma notícia que o interessou.

Uma empresa Brasileira estava vendendo suas Ações, tentando fugir da crise que estava atingindo no setor de exportações e importações do país.

Em virtude de muitas quedas no mercado, devido à contaminação das carnes, a empresa perdeu seus clientes Europeus e Asiáticos.

Então, a única salvação seria a venda de 50% de suas ações, por isso, estavam oferecendo ações aos empresários europeus de maneira um tanto desesperadora.

Goon rápidamente pegou seu laptop e começou a fazer uma pesquisa sobre a empresa. Queria mais informações, pois estava pensando em arriscar investindo.

Talvez comprando 25%, já poderia voltar para casa se exibindo de ter feito algo para o seu futuro. Claro que pensou em consultar o irmão pois Joon era especialista nisso.

Duas das empresas que tinham, ele negociou a compra com baixo custo e agora estava esperando colher os frutos.

O importante era comprar por uma pechincha, dar uma injeção só para reanimar, e depois vender pelo dobro. Talvez até comprar 50% das ações, poderia ser um risco lucrativo, pensou Goon..

– Entre em contato com esses empresários ainda hoje! Diz que estamos interessados em comprar.

– Tem Certeza!? Você não entende de ações! – interpôs o primo.

– Mas entendo de dívidas! Se não pagar logo, aumenta o dobro no próximo mês. Eles negociarão, abaixando o preço até o valor que devem aos seus credores. Podemos sair ganhando nisso. Vou entrar em contato com o Joon. E você, após marcar um encontro, prepare nossa viagem para o Brasil.

– Não está se precipitando? Nem conhecemos o Brasil!

– Vamos lucrar em um país subdesenvolvido. Que eu sei, só tem florestas, mato, mulher com bumbum de fora e carnaval.

– Tem certeza que são 범프 킨 ? (beompeu kin)

– Em um país cheio de mato, só pode ter 야생 ! (yasaeng)

– Penso que seria melhor, pedir para o pai me mandar um guarda-costa pelo menos, não acha?

– Uh! Se o Joon reclamou dos cartões, acredita que vai querer incluir as despesas de um guarda-costa!?

– Vou ligar primeiro direto com o pai, e depois falo com o Joon sobre a compra dessa empresa.

O senhor Choi se reuniu com o primogenito para descutirem a proposta do caçula.

– Pai, não vejo como uma má ideia, entretanto, nós temos as duas empresas que compramos no ano passado que ainda não deram lucro. Estamos tirando dinheiro da rede da hotelaria, para cumprir com a folha de pagamento delas. Se não fosse isso, investiria com prazer, pesquisei sobre a empresa. Sim, seria um bom investimento para um futuro próximo.

– Não tem como comprar 25% das ações pelo menos?

– Se além da compra, vier as dívidas. Não vamos lucrar em nada!

– Mas ele está tão empolgado! Faz tempo que não o vejo assim! Lembra quando chegou feliz em casa por passar no teste para o seu primeiro filme? E ele só seria um dos capangas do vilão, que mal aparecia.
Joon riu nesse momento.

– Parece que a viagem está ajudando ele a se distrair com outras coisas!?

– Ele vai para o Brasil ainda essa semana! Me ligou hoje cedo dizendo que deixaria a Inglaterra, que já havia colocado meu vinho no correio. Liga para ele, talvez está esperando por uma resposta!

– Mas vou dizer o quê? Que não podemos investir agora?!

– Já que está com viagem marcada, deixa ele ir com esperança! Diz para ele sondar como está o mercado financeiro brasileiro e se realmente vale apena, dar esse passo!

– Está bem pai! Mas depois não vem me dizer, que sou um estraga-prazer na hora que tiver que dizer a verdade!

Quando Joon ligou, Goon acabara de almoçar, estava escovando os dentes e correu para atender o celular.

Deu o celular para Jun Ho segurar, enquanto terminava o que começou.

Estava no viva voz, Jun Ho acompanhava os movimentos do primo em toda suas ações pelo quarto. Só pegou o celular após escovar os dentes, urinar, lavar as mãos, o rosto e se deitar na cama, segurando as passagens do voo para o Brasil.

Muitas coisas que falou, Joon não entendeu nada pois o irmão falava com espuma na boca.

– Como falei! Sua ideia é boa, tanto eu como o pai gostamos, pois há muitos empresários chineses investindo no Brasil. Talvez, não é com certeza, que poderemos comprar 25% dessas ações, mas não é nada garantido. Afinal, nós temos muitas despesas no momento.

– Pode deixar vou fazer o que falou, vou sondar o comércio brasileiro e vou ver se vale apena. Eu embarco amanhã! Quando tiver uma avaliação eu ligo avisando, ok.

Goon se levantou e abraçou o primo todo alegre.

– Viu eles gostaram da minha ideia! Não sou um zero a esquerda! Eu também tenho visão para os negócios!

Na Coréia, o Sr. Choi repreende o filho.

– Por que disse “talvez”?! Tinha que deixá-lo mais empolgado!

– Não queria dar falsas esperança pai! Depois, saio como o malvado da história! Ele tem que estar ciente, que não podemos dar um passo maior que nossas pernas!

Quando Goon chega no Brasil, sua ideia de país cheio de mato e selvagens, foi por água baixo.

Em seguida, desembarcaram em São Paulo, onde teriam um encontro com os responsáveis pela venda das ações.

Seria em 2 dias, tempo suficiente para checar o setor financeiro do país. Também xeretar na empresa para saber ao certo o que aconteceu.

Sem Joon saber, o pai mandou um guarda costa ao encontro de Goon.

Para dar boa impressão, nada de ficar em hotel 3 estrelas. Então, reservou em apart-hotel, uma King Suit, em um dos mais luxuosos hotéis na nossa querida Sampa.

Depois do encontro com os responsáveis. Goon ligou para o irmão.

– E como foi o encontro? – perguntou Joon.

– Eles voltaram atrás com as ações. Mas estão vendendo dois grandes supermercados, que eles têm no sul do país, e um terreno bem localizado, numa praia na capital de um dos estados do sul. – explicou Goon Pelas fotos, são bons os 3 imóveis, os mercados estão funcionando normalmente, com baixo estoque. Não investiram devido à crise. Eles preferem salvar a empresa e se desfazer dos mercados.

– E agora o que pensa? Dá prá esquecer?! – sugeriu o irmão, sem querer investir mais do que podiam.

– Eles vão fazer um leilão imobiliário. E o Terreno tem uma área grande, boa para construção de um hotel. E em uma cidade bem conceituada. Ótima para o turismo. Então, pensei em participar do leilão, já pedi um convite. – respondeu Goon.

– Goon, nada de fazer as coisas no oba-oba!

– Claro que não! Estou indo para o sul, visitar os supermercados e o terreno. Vou tirar fotos e mando para você.

O pai acompanhava a conversa dos filhos no viva voz.

– Goon sabe que dependendo o valor, não vou poder assumir essa compra! Nem pensa em contar com um valor que não tenho no momento!

– Pode deixar se for além do valor que me passou, eu completo com meu dinheiro, se for um bom negócio!

Quando ouviram isso Joon ficou espantado e o pai até se levantou da poltrona admirado. Nunca Goon teve qualquer iniciativa em investir com nada na empresa. Sempre usufruiu dos benefícios.

Mesmo sendo presidente da rede dos hotéis, seu trabalho era só para ter uma ocupação obrigada pelo pai.

Entretanto, aquela atitude causou surpresa. “Será que o tratamento que ele fez com o Xamã estava dando resultado e colocando a cabeça dele, no lugar?”. Foi o que comentaram.

Goon, o guarda-costas e o primo pegaram um avião comercial para chegar na cidade da primeira parada. Nunca pensou que o Brasil seria tão grande.

Tinha mato em abundância, entretanto era bem diferente do que imaginava. Se hospedaram em um hotel de boa qualidade. Decidiram ir ao mercado no outro dia.

Como eles entraram em contato com os donos da empresa, tinham em mãos um documento para visitar o mercado e ver tudo, até checar como estava o estoque onde um advogado da empresa estaria a sua espera.

Depois que ele, seu guarda-costa e o primo visitaram todos os setores. Resolveram se separar para investigar mais o local. Isso depois de se despedirem do advogado.

Em seguida, como quem está a passeio, começaram a circular por dentro do supermercado. Tanto Goon, o primo e o guarda-costas sabiam falar o português mas Goon era o mais fluente.

Sabia falar 7 línguas, tinha facilidade para aprender um idioma, qualidade que seu filho herdou.

Muito despreocupado, estava percorrendo os corredores do mercado. Olhando os produtos, as qualidades, a limpeza, o fluxo de cliente.

Entretanto, do nada, seu corpo começou a dar um certo comichão no seu local adormecido.

Ele parou e pensou, “será? Como isso aconteceu? “

Olhou em volta mas não havia nada que chamasse sua atenção.

Percebeu que foi em um exato momento, em que percorria aquele corredor.

Voltou uns passos para trás. E novamente seu corpo começou a ter uma comichão e um calor que há muito tempo não sentia.

Se não era desse lado. O quê, ou quem estava provocando aquela sensação em seu corpo?

Só podeira estar do outro lado da prateleira, então apressou o passo para saber. Quando virou e entrou no outro corredor seus olhos ficaram surpresos!?