Angelical – Cap 1 – Jihan

Espero que gostem dessa nova fanfic! O gênero mistura terror, romance e suspense psicológico. Por favor, comentem! Isso me anima a continuar escrevendo. O botões de avançar e retroceder estão no início e no fim do capítulo.

Capítulo 1 – Jihan – O instituto psiquiátrico

– Meu nome é Dr. Hong Park In! Devem ter falado da minha chegada! – falou Park In, impaciente com a demora no atendimento. Isso, com certeza, mudaria com a sua gestão. Park In fora chamado às pressas para assumir a diretoria do famoso Instituto Psiquiátrico Jihan na pequena cidade de Kitha, no interior da Coreia.

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Dr. Hong Park In (Ator Ji Chang Wook)

O instituto psiquiátrico Jihan era conhecido por abrigar jovens problemáticos de famílias ilustres de Kithá e das cidades ao redor.

Mas também havia uma ala para pessoas extremamente perigosas: psicopatas nível 15, que não poderiam ver ou tocar em nenhuma alma viva pelo resto de suas vidas.

– Sim, falaram sim! Graças a Deus o senhor chegou! – falou o Dr. Peter, um britânico que resolveu ficar na Coreia por causa do Instituto. O senhor é o décimo diretor de Jihan em cinco anos. Eu não aguentaria ficar na direção interina por mais tempo!

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Dr. Steve Peter (Ator Hugh Grant)

– Deus não tem nada a ver com isso, Dr. Peter! – falou Park In.

Ele era um cético inveterado que não acreditava na possibilidade de haver deidades por aí, brincando com os destinos das pessoas. Por isso, era simplesmente ridículo pensar nessa hipótese para ele.

– Pelo contrário, Dr. Park In! Deus é o único que pode nos salvar nesse momento. – retificou o Dr. Peter.

– Ora, Dr. Peter. O senhor que é um colega psiquiatra não deveria falar essas bobagens.

– Eu pensava como o senhor, há cinco anos atrás, quando vim para cá. Há coisas que o senhor irá ver aqui que fogem a qualquer explicação. O senhor verá!

Park In riu quando o colega deu-lhe as costas. Que ridículo! Que homem mais simplório! – Pensou Park In, pensando se havia feito certo ao aceitar aquele convite.

Depois de tudo o que viveu em Seul, achava que viver numa cidade tranquila como Kitha seria como as férias que nunca teve, agora já não estava tão certo.

– Por que o senhor parece tão aliviado com a minha presença, posso saber? – Perguntou Park In.

– Bem, o senhor pode achar estupidez nossa, mas…

– Querem um cafezinho! – interrompeu a secretária, invadindo a sala da direção com uma bandeja com café e biscoitos.

– Eu aceito! Obrigada! – disse Park In. Na verdade, ele estava faminto. Ele veio de carro de Seul até Kitha sem parar nenhuma vez, por isso, estava faminto. O certo seria se instalar primeiro na casa que alugara perto de Jihan, mas não resistiu a curiosidade de ver seu novo trabalho.

– Fique Secretária Ah Ri! – disse Dr. Peter para a secretária. –A Srta Gao Ah Ri era enfermeira antes e pode explicar para você tudo o que quiser sobre Jihan, inclusive sobre a nossa paciente ilustre da ala B quarto 17.

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Secretária Ah Ri (Atriz Kim Hae Sook)

Ah Ri derrubou o café instantaneamente e Park In percebeu que a secretária ficou com as mãos trêmulas.

– Ah, desculpem! Desculpem. Eu limparei isso mais tarde. Eu preciso ir agora!

– Viu isso? – disse Dr. Peter, assim que a secretária saiu da sala. – Viu a reação dela?

– Pode me explicar o que foi isso? – disse Park In, sem achar graça na experiência que o Dr. Peter havia conduzido na sua frente.

– É assim com qualquer pessoa aqui em Jihan. Ninguém quer falar sobre a paciente B17, mas todos sabem que ela está lá. Então, todo mundo acabou ficando um pouco louco por causa disso, até eu. Até eu, veja bem!

– Quer me explicar direito, Dr? – perguntou Park In, perdendo a paciência. Talvez o Dr. Peter precisasse de férias mais do que ele, porque não parecia bem. Park In percebeu que ele sorria nervosamente e tinha alguns tiques com a perna direita, parecia irrequieto.

– Está aqui, em algum lugar… – o Dr. Peter se levantou e abriu um arquivo com pastas suspensas, de onde tirou uma – Esse é o arquivo dela. Mas vou avisar, há pessoas que enlouqueceram só de ler o arquivo.

Park In riu mais uma vez, achando um absurdo o comportamento de um homem tão reconhecido no mundo psiquiátrico e tomou a pasta da mão dele.

Em seguida, abriu sem pestanejar e passou a revirar os arquivos que pareciam uma bagunça. Não pareciam estar em ordem cronológica e as anotações dos médicos pareciam incompletas e inconclusivas.

– Pode me explicar o que é que eu estou lendo aqui? – perguntou ele, impaciente. – O prontuário da paciente não está em boas condições…

– Vou te contar! Mas está tudo aí… todas as fotos, pelo menos. – As pessoas evitam de pegar no prontuário dela, por isso que está assim…

– Isso é ridículo! Todos os prontuários precisam estar em ordem!

– Gil Ha Na é uma paciente. Agora tem dezoito. – relatou o Dr. Peter, sem ligar para as críticas de Park In – Ela chegou aqui aos treze. O pai era um famoso pianista. A mãe era escritora. Ambos morreram. A polícia os matou porque eles estavam fazendo um estranho ritual, cortando a menina como quem corta um boi. Ela tem essas estranhas feridas nas costas. Embora tenha recebido tratamento, as feridas nunca se fecharam.

– Ela manifestou EPT? – interrompeu Park In. Estresse Pós-Traumático (EPT) era comum em pacientes assim, principalmente depois de verem os pais morrerem.

– A menina chegou aqui como quem vai para um acampamento no fim de semana. Cumprimentava a todos cordialmente, parecia inteligente e bem humorada, mas foi quando as coisas começaram a acontecer.

– Que coisas? – perguntou Park In, sem tirar os olhos das fotos. Eram fotos estranhas: imagens da suposta ferida e imagens de quartos queimados, pessoas feridas, queimadas, esfaqueadas.

– Pessoas ao redor se feriram. Todas elas.

– Como?

– Diferentes razões: as pessoas se feriam e sempre diziam que Há Na havia mandado. Ela é o diabo. Ou Mara, na religião budista.

– O senhor realmente não acredita nisso. O senhor sabe que isso é só sugestão. A menina é esperta e sabe como fazer uma sugestão. Provavelmente fazia isso com os pais e fez isso com todos que tentaram contato com ela. – explicou Park In de forma lógica.

– Você não sabe o que diz, porque não a viu.

– E onde ela está? Ah, claro, na ala B, quarto 17, não é? Por que não vamos lá agora mesmo? – desafiou Park In.

Peter embranqueceu na mesma hora.

– Olha…colocar a menina na ala B foi a melhor coisa que o falecido Dr. Baek fez. Só uma pessoa vai lá para colocar a comida. E todos os dias é uma pessoa diferente. Os enfermeiros fazem sorteio. Entram lá só por alguns segundos e saem correndo. E todos que ficam lá mais tempo, acabam morrendo, ou algo horrível acontece. Eu não entro lá, há mais de um ano e o senhor não vai me fazer mudar de ideia.

– Quer saber o que eu acho, Dr. Peter? Histeria em massa explica tudo isso!

– Eu também cheguei a achar que esse era o caso, mas não penso mais assim.

– Entre as pessoas que foram afetadas por essa garota, há algum médico?

– Seis médicos ficaram feridos. Uma médica se matou. Três enfermeiras tentaram suicídio, mas conseguimos impedir. Duas pacientes morreram misteriosamente durante um incêndio, embora ninguém tenha visto nenhum fogo. Em seguida, quando abrimos o quarto, os corpos já estavam lá incinerados.

– Era o quarto da garota?

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-Sim. A menina estava dormindo. E as duas camas do lado estavam completamente queimadas, as paredes chamuscadas, como se alguém as tivesse incinerado. Não vê, as coisas são sempre um mistério ao redor de Há Na. Logo depois disso, o Dr. Baek, um dos ex-diretores, resolveu isolar a paciente.

– E quanto aos outros diretores? Você disse que eu era o décimo? – perguntou Park In cada vez mais intrigado com aquele caso.

– Bem, a maioria pediu demissão, o Dr. Baek morreu misteriosamente em sua cama, com o pulmão cheio de água do mar, como se isso pudesse ter acontecido em Kitha, que nem praia tem. E ainda por cima o Dr. Kim, um dos diretores, está na ala B também. Ele matou uma enfermeira a facadas.

Actor Yeon Jung Hoon undergoes minor surgery for hand injury from '1 Night,  2 Days' filming set | allkpop
Dr. Kim Young Joon (actor Yeon Jung Hoon)

– A ala B é de pacientes violentos? – perguntou Park In.

– Sim. Mas mesmo os pacientes da ala B morrem de medo dela. Há dez deles, entre eles, o dr. Kim. Por isso, no corredor dela, só ela está lá. Sozinha, sem falar com ninguém, completamente isolada. Foi a melhor coisa que pudemos fazer.

– E a menos humana também. É só uma garota! Provavelmente, é vítima de uma série de infortúnios. Incrível que o Instituto não tenha sido denunciado ainda por isso.

– Denunciado por quem? Toda a cidade sabe da garota e todos sabem que ela está isolada e agradecem por isso. Se falar o nome de Gil Há Na na cidade, você corre o risco de ser apedrejado vivo!

– Isso quer dizer que a polícia não está investigando esses casos?

– Tudo o que acontece em Jihan sobre Hana é arquivado rapidamente. Nem a polícia está interessa nos nossos problemas. Querem mais é que a garota morra!

Que barbárie! – pensou Park In. Que tipo de pessoas são essas? Tratam uma menina como se fosse o próprio diabo. No mínimo, ridículo e cruel.

– Está bem, então! Você disse que ela está isolada, não ? Então, a partir de amanhã, eu vou tratá-la pessoalmente.

– Eu vou avisá-lo uma última vez: se o senhor entrar na ala B e ficar cara a cara com o Demônio, nunca mais conseguirá ter paz em sua vida.

Em seguida, Park In olhou para a foto da garota.

Na sua opinião, o grande demônio na opinião dele era apenas uma garota com severos traumas.

Ela parecia fofa e, ao mesmo tempo, triste na foto. Que vida difícil ela tinha. Era só uma adolescente que poderia estar vivendo a vida entre os amigos, fazendo coisas de adolescentes. E estava lá, trancafiada entre pessoas perigosas, isolada do mundo.

Kim Yoo Jung BSP, png | PNGEgg
Gil Ha Na (Atriz Kim Yoo Jung)

Quando Park In estacionou na frente de sua nova casa perto do Institulo JiHan, ainda estava rindo com a postura desajeitada do Dr. Steve Peter. Como pode um homem da ciência falar daquele modo tão medieval? Era bárbaro e desumano.

Assim que saiu do carro, foi recepcionado por uma senhora cordial e rechonchuda que estava na frente da porta de sua casa. Park In imaginou que era a sua senhoria, pois não a conhecia pessoalmente, apenas por telefone. Ela lhe mostrou a casa e depois saiu, deixando-o a sós. Depois de tomar Lamen com ovo, ele decidiu dormir, pois teria um longo trabalho no outro dia.

Naquela noite, teve um sonho estranho: sua falecida esposa Hong Jin In o chamava de longe, dizia alguma coisa para ele, mas ele não conseguia entender.

– Não vá… não vá…

– Não vá para onde? – perguntou ele para ela, mas sua esposa se afastava cada vez mais e se desvaneceu no segundo em que ele iria encostar nela.

Ji Chang Wook 지창욱 || 1987 || 182cm || Musa Baek Dong Soo || Empress Ki ||  Healer || The K2 | Ji chang wook, Ji chang wook photoshoot, Ji chang wook  smile

Acordou suado. Se acreditasse em espírito, provavelmente diria que sua querida In Na veio lhe visitar. Mas não acreditava. Sua esposa havia morrido. Resolveu partir sozinha tomando uma overdose de remédios para dormir enquanto ele estava no trabalho.

Ao encontrá-la morta na banheira de seu apartamento, resolveu cumprir o que um dia prometeu a ela: que iria trabalhar no interior e deixaria a vida corriqueira de Seul para trás. Deveria ter feito isso antes. Talvez, sua In Na estivesse viva agora! Ele a deixou sozinha… com depressão severa… e foi trabalhar. Seu trabalho sempre esteve em primeiro lugar. Por isso, não pôde ver o sofrimento de sua esposa.

Por isso, o sonho poderia ser apenas o seu subconsciente… dando-lhe conselhos que não queria.

Bobagem! Não era o tipo de homem que se deixava guiar por sonhos ou por superstições.

Por isso, resolveu tomar uma ducha rápida e rumar logo para Jihan, pois o caso mais difícil de sua vida estava para começar.