Kim Eh Lis
O helicóptero de Gao Rim foi o último a alçar voo. E ela obedeceu o plano de voo e fez exatamente como os outros pilotos, voando baixo o suficiente para não serem rastreados, pois sabia que não havia outra coisa a se fazer, principalmente com o chefe da quadrilha ao seu lado, com uma arma em punho.
Quando saíram do perímetro de Seul, Gao Rim ficou ainda mais nervosa, pois sabia que morreria ao chegar ao seu destino. Desesperada, ela tentou o que podia. Fez uma manobra com o helicóptero. Enquanto o chefe dos sequestradores ao seu lado se distraiu, ela destravou o cinto de segurança dele.
Ele tentou se segurar com a manobra, mas ela destravou a porta do lado dele que se abriu. Ele deveria ter caído, mas conseguiu se segurar e quando ela tentou empurrá-lo, ele habilmente se segurou nela, fechou a porta e atingiu Gao Rim com um soco em seu estômago.
Ela sentiu todo o ar se esvair de seu corpo momentaneamente. Nesse tempo, o chefe travou seu cinto e voltou a apontar-lhe o revólver.
– Se você não fosse a piloto, eu te mataria agora, moça. Mas devo admitir que a sua coragem é admirável. Gostei de você!
Chorando copiosamente, Gao Rim voltou a dirigir o helicóptero. Atrás, os outros convidados e dois capangas sequestradores controlavam a respiração, nervosos com o que havia acontecido.
– Faz isso de novo, e você vai ver o que acontece! – ameaçou o chefe.
Quando se aproximava da Ilha de Yeohnghengdo, Gao Rim começou a rezar baixinho, tentando se conformar com seu destino. Aos poucos, percebeu que se aproximava de um galpão no meio do nada e foi ali que os seis helicópteros desceram.
Assim que desceu, Gao Rim respirou fundo, esperando pelo pior, pois sabia que agora não era mais necessária.
– Venha! – disse o chefe, puxando-a para fora.
O homem gritou alto em alguma outra língua que Gao Rim não conhecia e todos os outros convidados, como ela, foram guiados para dentro do galpão. Desceram uma escada para um porão, onde havia quatro grandes celas.
Os convidados foram divididos em quatro grupos, cada qual em uma cela. Joo-Joo que vinha atrás de Gao Rim, grudou no braço de Lee Min Ho e os dois foram colocados na mesma cela.
Ao ver que Gao Rim não foi colocada em nenhuma cela, Lee Min Ho aproximou-se o quanto pode para chamar a atenção do chefe.
– O que vai fazer com Gao Rim? – perguntou Lee Min Ho, entre as grades, colocando o braço para fora, a fim de alcançar Gao Rim. Joo-Joo tentava puxá-lo, mas Lee Min Ho não se movia – Por favor, o que vai fazer com ela?
– Ora, ora, ora! – disse o chefe – Parece que você tem um fã, moça. Esse não é o Lee Min Ho, o famoso ator coreano?
– Eu pago pelo resgate dela, por favor, deixe-a viver! – disse Lee Min Ho, adivinhando a situação. Ele também sabia que Gao Rim não era mais necessária e por isso, não havia razão para viver.
– Não vou matá-la! – disse chefe – É bom ter um piloto de helicópteros por perto, se você precisar fugir de repente. Para falar a verdade, eu até gostei dela. – disse o homem, alisando o pescoço de Gao Rim com a ponta dos dedos. – Talvez eu possa encontrar outra utilidade para a minha piloto.
– É melhor tirar as mãos dela! – disse Lee Min Ho, rangendo os dentes. – Ou eu…
– Ou o que? Você não está em posição de reclamar agora! – retrucou o chefe com um sorriso sarcástico.
Quando todos os convidados já haviam sido trancados, o chefe, ainda segurando Gao Rim pelo braço, falou bem alto:
– Escutem todos! Cada um de vocês irá transferir para uma conta, todo o dinheiro que possuem. Assim que transferirem, vocês serão enviados a seus parentes. Se vocês não puderem fazer a transferência, seus parentes deverão fazer por vocês. Se em três dias, não receber o dinheiro que eu quiser, vocês morrerão. Cada um de vocês terá duas chances somente para garantir a transferência e a vida de vocês . Eu sugiro que vocês ouçam minhas palavras e obedeçam. Já viram do que eu sou capaz.